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Curiosidades

Monopólio, Petróleo e Realidades do Século
Publicado em 02/02/1995 às 00h00
Por mais estranho que pareça, pela razão que alegam os estatocratas: ESTRATÉGICA.


Parece ridículo, porém, estratégia têm muitos ângulos, um cabedal para todas as crenças e paladares. Como crença e paladar são assuntos para igrejas e restaurantes, optamos pelo impiedoso ângulo da realidade, para desgosto dos glutões do bem alheio e de fieis seguidores de dogmas e contos da carochinha.


Comecemos pelos MONOPÓLIOS. Não há nada mais anti-humano, anti-social e antibiológico que monopólios. São sinônimos de fraude, por desigualdade perante a LEI. A eles é facultado o que não é para os outros. Evidentemente fraudarão quaisquer regras, formando gigantescos corporativismos para fraudar a todos. Prática que, na historia humana, tem pouquíssimas exceções casuais, as quais, evidentemente, não são em países LATINOS.


Para quantificar a que ponto pode chegar a presunção e prepotência de uma ESTATAL, detentora de MONOPÓLIO, vamos citar exemplo de país civilizado de PRIMEIRO MUNDO: a França .


* O campeonato Mundial de fórmula 1 teve resultado fraudado em mais da metade de suas provas, e só não foi anulado e os responsáveis punidos, porque acarretaria prejuízos astronômicos, visto que todos os veículos que competiam com o combustível da ELF, "falsificado nas especificações, privilegiando os que a usaram", incluíam duas equipes de ponta.


* Também, este ano, na mesma França estatocrática onde cada funcionário público se julga um "Rei Sol, pós-queda da Bastilha", o time de futebol, patrocinado por uma ESTATAL, comprou juízes, adversários, cartolas, para ganhar o campeonato e ir à final em Tóquio, contra o nosso São Paulo Futebol Clube. Afinal, ESTATAL é Lei, " Zé, fi, ni !". Felizmente esse golpe não colou. Foram desclassificados, suspensos, responderam a processos criminais na Justiça, e o Milan é que decidirá com o São Paulo.


Isso ilustra bem o que significam MONOPÓLIOS e ESTATAIS até em países ditos civilizados como a França. Se isso acontece em assuntos irrelevantes como a vaidade no patrocínio, imaginem o que praticam contra os consumidores, componentes mais sagrados de uma nação. Nos Estados Unidos, país sabidamente avesso às Estatais, com reduzido número dessas deformidades morais, constatou-se, recentemente, o que é que elas realmente produzem. O serviço de imposto de renda, após minuciosa auditoria interna nas Estatais, encaminhou relatório para o senador William Roth Jr., da Comissão de Assuntos Governamentais do Congresso, cuja reação textual foi : - "Estou surpreso com isso. Se empresas privadas mantivessem sua contabilidade como a do Governo, seus diretores já estariam na cadeia" -. O tamanho do rombo acumulado, encontrado no reduzido Estado Empresário, foi superior a 300 Bi de dólares. Um escândalo !


Não vamos nos perder, enumerando as concussões, coações, expropriações, extorsões, apropriações indébitas, serviços fictícios e outros ilícitos, produtos genuinamente comuns nas estatais em geral, pois seria necessário livro do tamanho de uma lista telefônica. Para julgá-los levaria mais de século, utilizando a Justiça de todo o Planeta.


Vamos direto ao cerne prático da questão. Por quê não privatizar ? Por Estratégia ?


Estratégia -1- Se é por segurança estratégica, deveria estar toda a operação sob comando e responsabilidade das Forças Armadas, visto que, o papel de defesa e segurança das nações é responsabilidade delas, constitucionalmente.


Na maioria dos países civilizados os estoques estratégicos e reguladores são mantidos sob o fiel controle e depósito das Forças Armadas. O nível de estoques em poder das refinadoras, distribuidoras e revendedoras é regulado pelo nível das reservas estratégicas. Também o transporte do petróleo e de mais alguns itens pertinentes à segurança de abastecimento alimentar é realizado pelas Forças Armadas, ou são completamente monitorados pelas mesmas através de satélites, seguindo todo o percurso nos mais minuciosos detalhes.


Estratégia -2- Se por estratégico considerarmos planejamento para futuro e segurança econômica dos povos, é preciso privatizar para ontem evitando que o erário público fique com o Mico Preto, pela lentidão de reação das empresas públicas, pois há uma nova emergente realidade tecnológica e econômica, que fatalmente sucateará grande parte da atual infra-estrutura mundial. Realidade que justifica a atualíssima frase de P.S.O.Rourke - "Um pouco de governo e um pouco de sorte são necessários na vida, mas só um louco confia nessas coisas."-


Como a elite científica e econômica não é composta de loucos, certamente não confia em governos. Trabalha incessantemente para colocar limitações pela Realidade Prática, nos Estados. Assim, o que hoje nos parece estratégico e socialmente importantíssimo, amanhã poderá deixar de ser. No rol de alto risco incluem-se a quase totalidade dos controvertidos e acirrados monopólios pelo mundo afora .


Analisaremos a nossa situação peculiar, física e geográfica, dentro de um contexto global, começando pelo complexo petróleo, porque nos parece que é o que terá as mudanças mais lentas e complicadas por envolver um gigantesco emaranhado de desvios, roubos e corrupção por todo o planeta, especialmente por ser área muito estatizada e inacessível.




COMPLEXO PETRÓLEO



O aspecto social do Petróleo foi tenebroso no passado, é no presente e ainda ameaça o futuro, porque:


1- O petróleo é o inimigo numero 1 da vida animal. Ele recoloca na atmosfera aquilo que a natureza tão sabiamente retirou, para que pudesse florescer a vida animal : o gás carbônico. O período geológico, denominado Carbonífero, caracterizou-se por uma exuberante vida vegetal, fixando o carbono do abundante gás carbônico. Por fraturas na crosta terrestre, enterraram-na em suas entranhas imensas florestas e, com elas, o danado carbono, dando origem aos depósitos de carvão, xisto, gás e petróleo. Essa gigantesca baixa de gás carbônico deixou a atmosfera rica em oxigênio e, assim, possibilitou o surgimento da vida animal fora da água. Algumas mudanças bruscas no nível de CO2, causadas por erupções sucessivas e suposta colisão de algum asteróide de grande porte, eliminaram da fauna, os grandes animais terrestres, como os dinossauros e outros. Suas necessidades de oxigênio eram proporcionais ao tamanho de seus organismos e não conseguiram adaptar-se à rarefação do oxigênio. Quando queimamos combustíveis fósseis, estamos regenerando o gás carbônico escondido sabiamente pela natureza. A cada átomo de carbono queimado, são consumidos dois átomos de oxigênio, o que tornará extinta a vida de animais de porte, talvez, até antes que se consuma a totalidade das reservas conhecidas de petróleo. É importante lembrar que, quando investimos em petróleo, institucionalmente, também investimos na extinção da vida. É imbecilidade e desperdício.


2 - É atividade inimiga da geração de empregos em massa. Forma concentrada de energia, onde o País pode ser abastecido tranqüilamente com um contingente de cerca de 15 mil pessoas, "quando bem gerido". No momento que se aumenta o contingente de trabalhadores na área do petróleo, prejudica-se, em progressão geométrica,150 milhões de habitantes, pela elevação de custos embutidos em todas as atividades da nação. A única forma de beneficiar socialmente o país é oferecer sempre o menor preço ao consumidor, em consonância com o nosso poder de compra. Qualquer outra hipótese é socialmente predatória. Ainda mais num país de dimensão continental, com risco de inflação crescente, salários aviltantes e com perfil de transporte criminosamente rodoviário, propositadamente voraz em combustíveis; derivados; asfalto; obras e manutenção superfaturadas; veículos de curto ciclo de vida; peças e sobressalentes a preços extorsivos, etc. É a mão invisível do "lobby do petróleo" em ação, dando ao Estado confiscador a ferramenta da autodestruição.


3 - Aspecto estratégico: novamente o fator concentrador trabalha contra os interesses da sociedade. Por não ser produção pulverizada, a comunidade torna-se facilmente refém de greves, e ter de pagar salários privilegiados, vulnerabilidade nos preços, qualidade, além de chantagens e caprichos político-corporativos, fora os custos de distribuição e transporte num país continental.


4 - Petroquímica: tem aspectos terrivelmente negativos, nos fertilizantes e defensivos agrícolas, responsáveis por grande parte da degradação dos solos por todo o planeta, de grande parcela no buraco na camada de ozônio e na saúde pública geral. Nos outros aspectos, os petroquímicos parecem ser o futuro mais lógico como matéria prima, onde suplantarem em vantagens os carboquímicos.


5 - Gás Natural: é o mais promissor como fonte energética barata. Todos os investimentos de vulto dos últimos quinze anos têm sido feitos na LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL, cujo montante global excede os 70 bilhões de dólares. A justificativa é um crescimento de demanda médio de 17% ano ao longo das duas últimas décadas. Fato que explica a razão do perfil de muitas companhias do setor estarem mudando muito. Algumas só se retraíram, aparentemente, porque investiram maciçamente em liquefação e ainda não completaram o ciclo de amortização. Esta situação que tem sido explorada pela propaganda da Petrobrás, para vangloriar-se de ilusória eficiência empresarial e no louvável crescimento de produção, só que, enquanto no estrangeiro se investe em crescimento de produção de gás liquefeito, nós ainda investimos no crescimento de produção de petróleo liquido, cujas perspectivas de crescimento de demanda são declinantes, e o do gás liquefeito é positivo, ascendente, no mínimo de 15% ao ano.


6- Combustíveis Líquidos de Petróleo (gasolina, diesel e óleo): o futuro reserva a estes, apesar do baixo custo, perspectivas de lucratividade pouco promissoras em médio prazo. Não pensem que é por pressão do efeito estufa ou dos ecologistas de plantão. A razão é bem mais consistente. É competição técnica, científica, embasado em sólidos retornos positivos de custo-benefício, tanto para o consumidor, quanto para o meio ambiente. Novamente a economia premia e estimula a criação, a mais sacra das propriedades: a INTELECTUAL. Os combustíveis supra mencionados tendem a ser "cocktails" ou compostos, com elementos construídos por engenharia molecular, como melhoramento, os quais, quando utilizados em motores providos de ativadores eletroquímicos nos dispositivos de alimentação de combustível, podem obter queima e aproveitamento específico, muito superior aos combustíveis na atual forma, reduzindo a regeneração global do gás carbônico pela quebra da proporção de consumo de oxigênio na combustão. Os testes com melhorias moleculares já proliferam no primeiro mundo.


Porém, os estratégicos ativadores "eficientes", que atendam às novas legislações ambientais, são cobertos por uma infinidade de patentes e tecnologias exclusivas que as tornam protegidas até dos plantonistas copiadores japoneses. Nenhuma das tecnologias é dominada pela área do petróleo, todas dependerão do pulverizado grupo das tecnologias de ponta, que não estão à venda. Só estarão disponíveis em regime de "royalty". Muitos veículos dificilmente poderão ser comercializados legalmente na Califórnia e em alguns outros estados dos Estados Unidos, o que causa uma avalanche de protestos em inúmeras indústrias e países, alegando protecionismo, etc.. Só que, nas regiões que o povo tem liberdade de decidir o que lhe convém, as emissões de CO2 estarão restritas, daqui para frente. Somente dentro dos rigorosos parâmetros progressivos da Lei, cujo prazo já está correndo.


Isso, em termos globais, representa progressiva queda de consumo per capita no petróleo base, tornando a prospecção e a extração atividades com crescente grau de risco econômico. Irrisórias diferenças de custos podem, facilmente, causar total fiasco financeiro. Elucida-se, com isso, o comportamento de algumas das grandes companhias de petróleo diversificando radicalmente suas atividades.


É imperativo lembrar que o nosso perfil de refino, aliado ao tipo de petróleo, representa um adicional de corrosão de nossa economia, de algo entre 5 a 7 bilhões de dólares anuais. CORROSÃO ao pé da letra. O teor de enxofre exalado pela queima produz uma solução suave de ácido sulfúrico. Este corroí nossos edifícios, viadutos, estradas de rodagem, pinturas, etc. Internamente, os motores são corroídos especialmente nas válvulas, sedes e selos de admissão e descarga aumentando significativamente o consumo e desgaste. Tudo atestado fisicamente, pelo peculiar fenômeno da corrosão em nossos escapamentos, de dentro para fora. Não acreditamos que esse tributo adicional sobre um povo miserabilizado seja meta social estratégica.


7 - O Álcool: assunto controvertido, principalmente pela institucional desinformação patrocinada pelo "Lobby" petrolífero mundial. O álcool é o mais temido inimigo natural do "petro-lobby", por três razões fortíssimas: uma histórica, outra social e, por último, a técnica.


* A Histórica : a Alemanha fez a segunda guerra mundial a álcool, fato que gerou infindáveis avanços técnicos nos mais diversos setores. Muitos usufruem, até hoje, sem saber que são conseqüências diretas de exigências desse combustível. Por outro lado, também foi a causadora da derrota da Alemanha pelo inverno russo, pois o álcool congelava nos tanques de combustível. Fatos tão comuns encontrados na maioria dos filmes e fotos do front-russo, no inverno, com cenas de soldados alemães fazendo fogueiras sob os reservatórios de combustíveis de tanques e blindados, para tentarem derreter o álcool congelado.


* A Social : A produção do Álcool é socialmente um grande gerador de empregos auto-sustentáveis, num panorama mundial carente de mais de um bilhão de postos de trabalho. É agente econômico pulverizador com efetivo aumento de assentamento auto-sustentado, ideal sob o aspecto de segurança, logístico e econômico. É indispensável num país continental, atendendo amplamente as condições de melhoria social no Brasil e em muitos outros países latinos e africanos.


* A Técnica : há uma lista infindável de acadêmicos prós e contras, com amplo predomínio dos prós, que pode se reduzir ao essencial. O álcool é o combustível do futuro próximo, até pela peculariedade de ser o único combustível líquido com oxigênio em sua composição. É o meio mais econômico, seguro, estável, facilmente utilizável como gerador do Hidrogênio como combustível em motores estacionários de grande porte, inclusive veiculares. Nestes, a efetiva inferioridade calórica de 20% em motores convencionais à pistão ou axiais atuais desaparece, cedendo lugar a um combustível milhares de vezes superior aos fósseis. São motores de dois estágios, baseados em alta pressão e temperatura, com oxidante em pré-câmara no primeiro estágio gerando hidrogênio puro para o segundo estágio. Princípio que, na forma de reação, foi utilizado com imenso sucesso e confiabilidade pela Alemanha na segunda guerra, em todos os artefatos V2, e em inúmeras outras experiências. Foi um dos seus principais frutos: a turbina na aviação. Hoje é esta tecnologia de base que torna técnica e economicamente exeqüíveis os projetos hipersônicos com turbinas estáticas, tipo "scram-jets". Daí, por "downsizing" e alguns desenvolvimentos, chegar-se a algo utilizável em motores móveis de pequeno porte não nos parece algo difícil de ser realizado a curto prazo. É o que vem se materializando nas células de combustível de qualquer dimensão. Depende muito mais da remoção da obstrução político-jurídica feita pelo "lobby" do petróleo, do que de tecnologia e viabilidade econômica em si.


A somatória desses fatores agregado às propriedades ecológicas de energia limpa, geradora de preciosos empregos em massa, socialmente úteis por serem no campo, longe dos grandes centros. A renovabilidade e a fácil pulverização da produção eliminarão os incomensuráveis custos de distribuição e intermediações. São argumentos tão fortes, que os norte americanos incentivam à razão de U$ 4.000, a quem comprar automóvel a álcool, a fim de viabilizar o desenvolvimento do programa de álcool baseado no nosso. Argumentos e comportamento mais do que suficientes para atestarem a potencialidade do álcool, como combustível do futuro, principalmente levando-se em conta algumas pesquisas realizadas no genoma do DNA´s de vegetais, que, modificados, apresentam imensos potenciais para o barateamento da produção do álcool .


Na atual composição de preços ao consumidor de combustíveis existem coisas estranhas. Esmiuçamos o álcool às suas mais profundas entranhas, nos mais recônditos detalhes, com a colaboração de muitos pesquisadores e pessoas envolvidas desde sua produção até a comercialização, em áreas pertinentes tanto direta quanto indiretamente. Chegamos à conclusão que o álcool combustível só não chega ao USUÁRIO FINAL (que é a única coisa que realmente interessa) de U$ 28 à 33 por barril (dependendo da região), por pura ingerência política. Caso se decida elaborar uma política voltada realmente para o aspecto social, bem estar e riqueza do país, será facilmente exeqüível redução de preço em torno de 15 à 20 %. Com bom planejamento e política de impostos regulando regionalmente a relação álcool/açúcar ao custo benefício-social, ao invés de uniformemente castigar 150 milhões de brasileiros. O preço ao consumidor médio nacional tranqüilamente baixará a estes níveis, sem causar prejuízos aos plantadores, destiladores, distribuidores e revendedores. Demonstra que o preço ao consumidor é político-lobístico, anti-social, ao invés de benefício-social a custos verdadeiros.


8- Infelizmente, na área do petróleo não pudemos pesquisar nada no âmbito nacional, porém, no exterior, estamos obtendo razoáveis informes sobre componentes de preços no mercado internacional. Apenas razoáveis, porque já deparamos com situações onde informações foram peremptoriamente negadas, tanto por empresas privadas, como, ilegalmente, por entidades públicas de alguns países.


9- Quando se fala em combustíveis e energéticos é obrigatório um "Flash-Back" pesquisando mais a fundo a 2º guerra mundial. É tarefa difícil, porque o "Establishment" dos vencedores ocultou tudo que pudesse ferir seus interesses de domínio ou econômicos. Assim, muito da memória foi parar nos arquivos secretos, dos quais, até hoje, pouco se encontra nos "Declassified Documents Reference System", que quer dizer, em português claro, a que se tem acesso. O pouco disponível foi encontrado nos sebos Londrinos, onde circularam muitas edições originais do tempo da guerra e, após a redução do programa espacial Americano, houve uma maciça injeção de cientistas e pesquisadores no mercado de trabalho civil e com eles vieram também preciosíssimas informações.


9 # a - A eclosão da 2º guerra deveu-se ao isolamento da Alemanha das fontes de petróleo.


9 # b -A guerra foi de quem tinha petróleo contra quem não tinha, forçando a inventar alternativas e substitutos a toque de caixa.


9 # c - O resultado foi uma surpresa. Se o divo, megalomaníaco Führer tivesse confiado mais em seus cientistas, militares e técnicos, ao invés de invadir a Rússia atrás de petróleo, se preparasse mais dois anos, seguramente, o mapa-múndi hoje seria bem diferente. Mesmo a despeito de não terem o insubstituível sagrado monstro negro: "petróleo".


9 # d - Foram aqueles visionários pesquisadores que trabalharam nos pulsantes "scram-jets" das bombas V-I, que não deram muito certo, mas que desenvolveram a V-2, que deu mais do que certo. Aí é que nasceu toda a indústria aeroespacial, que levou o homem à lua, encheu nossos céus de satélites, que hoje transformam o mundo nessa aldeia global. E SEM PETRÓLEO.


9 # e - Motores: aí então foi um prodígio. O motor a álcool denominado Jumo KM8, que ainda pode ser encontrado em ferro velho, é um fenômeno. Um V8 levíssimo, de alumínio, com 4.340 centímetros cúbicos de cilindrada, pesando 204 Kg.. Uma relação de mais de 1 hp por Kg, que, à 4300 RPM desenvolvia 435 hp; utilizava válvulas rotativas; injetor único; dupla alumagem por magnetos Bosh 2-I-8; velas standard de aviação tipo W 240, e pasmem... reaproveitamento dos gazes de combustão. Chegou o álcool a ser utilizado como combustível até em torpedos, usando o oxigênio de seu próprio escapamento. Aplicado em trabalho pesadíssimo não quebrava, apesar de desenvolver praticamente 1 hp por centímetro cúbico, proeza que até hoje a indústria é incapaz de realizar em motores dessa categoria. Tudo sem o insubstituível ouro preto, demonstrando a potencialidade do álcool. Tudo ocultado da memória coletiva pelo "petro-lobby". Só após o advento do programa brasileiro do álcool e do furor ecologista é que os americanos, por estratégia, desarquivaram a tecnologia, para o programa pró-álcool versão Tio-Sam.


9 # f - Sob as lápides dos sepulcros dos "petro-lobbies" existem coisas muito mais interessantes e menos conhecidas, mas que um cientista da NASA chamado Don Galbraight, de boa memória e acesso farto aos arquivos secretos da segunda guerra, utiliza, atualmente, depois de resolver alguns problemas operacionais que os alemães não tiveram tempo de levar até o fim. A pesquisa era de 1943. Trata-se das pesquisas do grupo de trabalho do peróxido de hidrogênio, iniciado pelo desenvolvimento dos ignitores das bombas V-2. Ele foi o responsável pelo insucesso inicial daquele artefato, pois o peróxido é altamente instável e corrosivo, perfurava os recipientes em qualquer material da época e seu vazamento é que explodia as bombas nas rampas de lançamento. Mas um químico alemão descobriu o "fiber-glass", com resina obtida por carboquímica, invés da petroquímica, viabilizando os tanques de peróxido.


Disso nasceu a tecnologia da reação do lítio com o peróxido, gerando uma imensa exotermia e uma bestial amperagem de corrente contínua.


Estava inventado o ignitor da V-2. Disso descendem os propulsores da última geração de torpedos alemães da guerra, verdadeiros prodígios com 200 hp, num minúsculo motor elétrico e a exotermia utilizada para aquecimento da cabeça do torpedo, para diminuir a resistência da água, resultando mais do que o triplo do alcance e velocidade de tudo que se conhecia. A tecnologia também estava em pauta para utilização em aviões elétricos. Exatamente essa tecnologia é que a Nasa vem testando em surdina, adaptado em alguns aviões Bonanza. Neles, o motor foi substituído pelo motor elétrico dos torpedos 205 hp, pesando 45 Kg. , alimentados eletricamente pelo processo de reação Lítio/Peróxido. Resolveu-se o problema da instabilidade do combustível adicionando-lhe 50% de água. A corrente elétrica alimenta os motores; o calor da exotermia aquece os tanques de combustível e a cabine; o subproduto remanescente da reação é o Hidróxido Monohidrato de Lítio, rearmazenando-o nos tanques. O avião decola e chega com o mesmo peso. Por não consumir oxigênio nos motores pode voar a altíssimas altitudes, o que aumenta consideravelmente seu raio de ação. Quando pousa, o Hidróxido-Monohidrato-de-Lítio é bombeado para tanques externos, onde, por hidrólise, é reciclado recuperando todo o Lítio, componente mais dispendioso desse processo.


Os combustíveis de hidrogênio são economicamente viáveis, no atual estágio da tecnologia, apenas em países que dispõem de energia primária farta e barata, exatamente o caso do Brasil.


9 # g- existem ainda combustíveis em desenvolvimento na área química, os chamados "fuel cells", que ainda estão engatinhando. Por enquanto dependem de energia primária barata, porém, cedo ou tarde, chegar-se-á à combinação utilizada pelos seres vivos, que as transformam, utilizando as radiações que vêm do espaço. Como nas folhas, a fotossíntese só é possível graças aos elétrons excitados pela radiação, magnetizando a clorofila, que permite ao fóton declarar-se e converter-se em parte da planta, sob forma de energia solar. O mesmo magnetismo é que atrai as moléculas de oxigênio, assim, a umidade não depende de nenhum processo de absorção para integrar-se à planta, pois é puramente eletrônico. É óbvio que todo ser vivo realiza transmutações atômicas em baixos níveis de energia, utilizando as radiações vindas do espaço como fonte de energia para isso. Evidências podem ser encontradas em tudo. Um vertebrado para ingerir o cálcio de seu esqueleto, levaria milhões de anos. Com o avanço do programa do genoma humano e outros, muitos detalhes desses processos serão desvendados. Isso mudará radicalmente os processos de geração e obtenção de energia, como também reduzirá drasticamente as necessidades de consumo, pela elaboração de mecanismos muito mais eficientes em termos de aproveitamento.


10 - Nós não somos contra o monopólio, por convicções radicais, de crenças dogmáticas, políticas ou interesses corporativos escusos. Achamos que o Estado não tem o direito de expor a sociedade ao iminente risco de arcar com incomensuráveis prejuízos, que podem facilmente advir da lentidão com que um monopólio estatal reage a uma nova realidade, tornando-se supérfluas o que não deve tardar.


O mundo precisa criar, urgentemente, 1 bilhão de postos de trabalho, o que só poderá acontecer, se diminuírem as relações de dependência, cidadão-Estado e aumentarem a interdependência dos cidadãos. A comunidade científica sabe disso de sobra e cria uma realidade com progressivo crescimento do grau de auto-suficiência individual, em termos globais. "A necessidade é a mãe das invenções", e as sociedades não estão agüentando sustentar o ônus burocrático dos Estados. O comportamento dos Estados está provocando surgimento de um mercado mundial tipicamente para micro, infra-estruturas, produtores, investidores e consumidores, onde o Macro está falindo generalizadamente, e o que não for auto-sustentado terá poucas chances de sobrevivência.


Cremos ser absolutamente inadmissível a discussão de assuntos de tamanha relevância, como monopólio estatal e privatização, de forma tão diletante, temperamental, demagógica, incompetente, ilógica, criminosa e inconseqüente, por ser contra a sociedade, inclusive das estatais, pelo excesso de despesas, além dos privilégios concedidos ao corporativismo não submetido à competição, por ser MONOPÓLIO ESTATAL.
Edgard Clare - Presidente da Adec, Colaboração Gyorgy Magyary
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