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Diversas

Primeiro leilão de usina do grupo Renuka termina sem comprador
Publicado em 20/12/2016 às 16h45
A primeira tentativa de leiloar a usina Madhu, pertencente ao grupo Renuka do Brasil e localizada em Promissão, terminou ontem sem lances. O valor mínimo a ser pago por investidores em potencial era de R$ 700 milhões. Como previsto no plano de recuperação judicial da companhia sucroenergética, o prazo para apresentação de ofertas para a compra da unidade produtiva foi prorrogado.

A segunda oportunidade para arrematar a usina, cuja capacidade é de moer 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, terminará no dia 23 de janeiro do próximo ano. No segundo leilão, a proposta vencedora pode ser inferior ao preço mínimo se a quantia for aceita pelos credores, sem a necessidade de o grupo em recuperação judicial concordar com o valor.


Dívida

Em recuperação judicial desde o segundo semestre de 2015, o grupo Renuka do Brasil, subsidiária da empresa indiana Shree Renuka acumula dívidas que ultrapassam R$ 2 bilhões, como já confirmado pela empresa anteriormente à Folha da Região.

A venda da usina Madhu foi aprovada em 26 de agosto em assembleia geral dos credores como forma de arrecadar recursos para pagamento parcial do débito. De acordo com a Agência Estado, a decisão foi uma exigência em especial de instituições financeiras como os bancos Itaú, Bradesco, BNDES, além de fornecedores que aguardam pagamento por parte do grupo.

A unidade é considerada a mais potente do grupo, que também controla a usina Revati, em Brejo Alegre, com capacidade de esmagar 4 milhões de toneladas de cana por ano. O controle majoritário das ações das duas usinas, antes do grupo Equipav, foi adquirido pela Renuka em 2010.


Potencial

A Madhu tem potencial de gerar 560.000 MWh de energia para venda, por safra. Fora isso, a planta tem capacidade de produzir até 3.350 toneladas de açúcar VHP, 1,6 mil litros de etanol hidratado e 750 litros de anidro por dia.

Contratos e operações comerciais transferidas à unidade a venda estimam que na safra 2017/2018 sejam moídas no mínimo 4 milhões de toneladas de cana, pelo menos 3,7 milhões de toneladas no ciclo 2018/2019, e 3,2 milhões de toneladas na temporada 2019/2020, conforme edital de leilão.
Conforme Agência Estado, se o lance esperado não for alcançado, a Renuka do Brasil poderá se desfazer da participação acionária da usina Revati.

A criação e alienação de uma unidade produtiva isolada é um mecanismo disponível na Lei de Recuperação Judicial. A venda dos ativos, nesse caso, garante ao comprador a não sucessão de passivos pré-existentes do devedor, o que inclui passivos fiscais e trabalhistas.

A crise da Renuka do Brasil é atribuída a razões como a crise financeira mundial de 2008 e seu impacto no mercado de crédito, aos prejuízos causados pela seca ou excesso de chuvas em safras desde 2009 e à perda de produtividade provocada pela mecanização, segundo o plano de recuperação judicial.

A reportagem entrou em contato com o grupo Renuka do Brasil para falar sobre o resultado do primeiro leilão, mas até o fechamento desta edição, não recebeu retorno.
Rafaela Tavares
Fonte: Folha da Região - Sampi Araçatuba
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