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Diversas

Com dívida superior a R$ 1 bi, Grupo Clealco pede recuperação judicial
Publicado em 17/07/2018 às 16h25
Com um endividamento superior a R$ 1 bilhão, o Grupo Clealco Açúcar e Álcool S/A, que possui unidades em Clementina, Penápolis e Queiroz, ajuizou nesta terça-feira (17), no Fórum Estadual de Birigui, um pedido de recuperação judicial. A ação está avaliada em R$ 1.866.662.675,00.

Assim como outras empresas do setor sucroalcooleiro, o grupo passa por dificuldades para administrar o seu passivo. Aliado a isso, a companhia tem de lidar com a desvalorização do preço do açúcar no mercado internacional e as intempéries climáticas, que resultaram na quebra da safra da cana-de-açúcar.

Em agosto do ano passado, a Clealco chegou a firmar um acordo com bancos para refinanciar quase R$ 1 bilhão em dívidas. Em junho deste ano, chegou a ter 58 caminhões apreendidos por dívidas com o Banco Volvo, do Paraná, no valor de R$ 6,2 milhões.

Conforme comunicado da empresa aos credores, o pedido foi protocolado após recomendação do Conselho de Administração, com o objetivo de preservar a condição operacional da empresa e readequar o seu passivo.

"O objetivo é sustentar um fluxo financeiro que garanta a capacidade de pagamento dos compromissos firmados, mantendo a continuidade de suas atividades e os empregos gerados em toda a região", afirmou a empresa, por meio de nota.

A Clealco informou ainda que, nos últimos meses, se empenhou para superar seus desafios econômicos e operacionais, para impulsionar sua performance, maximizar a produtividade e atenuar custos.

No entanto, a deterioração contínua dos preços do açúcar VHP (principal produto comercializado) no mercado internacional reduziu ainda mais a rentabilidade do negócio. A empresa destaca que a quebra da safra da cana-de-açúcar, ocasionada por intempéries climáticas, também causou impactos severos à Companhia.

"Para a Clealco, o pedido de recuperação judicial representa o início de uma nova etapa na direção de sua reestruturação financeira, permitindo uma negociação ampla e definitiva junto aos seus credores", afirmou a empresa.

Nesta safra, o Grupo Clealco planejava moer 7,5 milhões de toneladas de cana nas unidades de Clementina e Queiroz. Deste total, 60% serão direcionados para a produção de açúcar e os 40% restantes para a de etanol. A usina de Penápolis, que tem capacidade de moer até 2 milhões de toneladas de cana, não está operando este ano, por causa da falta de matéria-prima, segundo a assessoria de imprensa do grupo. Nesta unidade, as atividades foram suspensas em meados de 2017.
Alessandra Nogueira
Fonte: Araçatuba e Região
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