Fórum de Articulistas

A época clama por novos olhares, novas conquistas, novos desafios... vivemos um período em que precisamos nos reinventar, não nos esquecendo o passado, mas focados no presente e nos resultados que virão no futuro próximo.

Muito da tecnologia que vemos empregada no campo e na indústria bioenergética hoje é fruto de pesquisas desenvolvidas nas décadas de 70/80 pelo extinto Instituto do Açúcar e do Álcool, através do Planalsucar, ou mesmo pelo antigo CTC - Centro de Tecnologia Copersucar, hoje rebatizado de Centro de Tecnologia Canavieira e pelo IAC.

Pois bem, o que temos hoje são condições extremamente diferentes das apresentadas naquela época, ouso dizer, e já tenho dito há anos, que o que temos hoje é uma Cana Nova, plantada e colhida mecanicamente, com índices de impureza diferentes, e que sofre influências diversas até se transformar nos principais produtos de nossa cadeia de negócios: o açúcar, o etanol e a bioeletricidade.

Investimentos mais recentes em pesquisas já começam a surtir efeitos positivos, como o sequenciamento genético que permitiu identificar o gene que propicia uma variedade mais suscetível à seca, uma cana com maior teor de fibras, outra com mais açúcares, outra ainda com colmos maiores e mais grossos, enfim, uma série de inovações que aos poucos chegam às nossas usinas através do melhoramento genético da cana-de-açúcar.

Pensando nisso a UDOP resolveu investir há alguns anos em parcerias sólidas com institutos de pesquisas e universidades, para fomentar estudos voltados para novas variedades e sistemas de gestão, além de sugestionar pesquisas específicas para as realidades que vivenciamos diariamente em nossas agroindústrias.

Fruto desta nova linha de pensamento hoje somamos parcerias com a Embrapa; com a Esalq/USP; com a Unesp campus de Jaboticabal; com a UFSCar; o Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura de SP; o CTBE - Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol; com a ABAG; com a Amprotec - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores; com o Sebrae; e com a UNIP - Universidade Paulista.

Formatamos ainda o Seminário UDOP de Inovação, que realizaremos nos dias 7 e 8 de novembro, em Araçatuba, onde também estaremos assinando uma parceria com a Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país.

Tudo isso para que possamos, através de novas tecnologias, aumentar nossa produtividade dos atuais 5 a 6 mil litros de etanol por hectare, para 10 a 12 mil litros de etanol por hectare. Temos certeza que isto será possível com muito trabalho e comprometimento das entidades e principalmente, das usinas.

Assim, temos convicção de que a visão dos empresários para que seus colaboradores e alta gestão participem de nossos eventos, será de crucial importância para virarmos a mesa e de forma prática, difundirmos estas novas tecnologias que serão aplicadas de forma imediata no campo e na indústria.

Por parte dos milhares de profissionais que anualmente participam de nossos eventos, quer seja o Congresso Nacional da Bioenergia, quer o Seminário UDOP de Inovação, e no próximo ano, o Fórum UDOP de Implementação Tecnológica, esperamos que possam absorver ao máximo o conhecimento adquirido e que transformem-se em agentes multiplicadores em suas unidades, ensinando os demais a como implementar estas inovações e assim obter resultados mais promissores.

É assim que vemos o futuro do setor. Com o compartilhamento de ideias, de experiências, de tecnologias, de inovações, e juntos, construirmos, a muitas mãos, o setor que queremos, com maiores rendimentos, menores custos e melhor competitividade.

Sendo assim, convoco todos os empresários desse pujante setor do agronegócio nacional, para que inscrevam seus profissionais em nossos eventos, e que construamos juntos, dia a dia, o futuro de nosso setor!