Fórum de Articulistas

No último mês de abril tive a oportunidade de moderar importante painel durante o Fórum de Implementação Tecnológica realizado pela UDOP - União dos Produtores de Bioenergia, em Araçatuba. Na pauta das discussões o tema: "Mulheres no Comando: Importância da liderança feminina no agronegócio", com brilhante debate com a Coordenadora de Qualidade do Grupo Raízen - Unidade Univalem, Luciana da Silva Marchi e a Gerente de Sustentabilidade do Grupo Atvos Agroindustrial, Mônica Hirsch de Melo Alcântara.

A ascensão das mulheres no mercado de trabalho, em especial no universo do agronegócio, é um tema sempre muito cativante e poder discuti-lo em uma sala de Desenvolvimento Humano Organizacional me deixou super feliz e realizada, por vários fatores, mas o principal deles por poder compartilhar e colaborar desse processo de empoderamento do universo feminino, neste pujante segmento.

Como profissional de Coach, Desenvolvimento de Pessoas e Organizações e Embaixadora da Rede Mulher Empreendedora que tem como propósito exatamente o de empoderar Empreendedoras, garantindo independência financeira e de decisão sobre seus negócios e suas vidas, pude explorar vários aspectos do crescente papel da mulher no mundo corporativo do agronegócio, com foco no mercado sucroenergético.

Em enquetes disponibilizadas durante minha abordagem o público pode interagir de forma ímpar. Em uma das perguntas, por exemplo, os presentes enumeraram quais seriam, em suas visões, as situações adversas que as mulheres enfrentam no agronegócio.

Para 56% dos presentes a principal adversidade seriam as dificuldades para que suas opiniões (das mulheres) fossem levadas em consideração pelos seus pares ou colegas de cargo. Para outros 31%, as mulheres encontram barreiras para alcançar cargos de Direção por questões culturais dentro das organizações. Os 13% restantes acreditam que a principal situação adversa enfrentada pelas mulheres seja a desigualdade salarial em relação aos homens.

Somente esta enquete já tomaria o espaço de um artigo inteiro. Mas o que mais chama a atenção é realmente o que a maioria acredita ser o principal problema da ascensão da mulher no mercado do agronegócio. Até quando as mulheres não serão ouvidas dentro das corporações e o que isso tem a ver com a postura que devemos adotar em seu nosso dia a dia?

A verdade é que nós mulheres temos que mudar nosso modo de pensar, nossa postura. Fiz um trocadilho com a palavra mudança que é muito útil para os dias atuais. Ou a gente muda, ou a gente dança. Lembrando que toda conquista começa na nossa mente. E aqui estamos nos referindo ao nosso Mindset.

Buscar o nosso autoconhecimento, o senso de ownership (sentir-se dona de sua vida), conhecer e utilizar seus talentos, quebrar paradigmas a nosso respeito, identificar nossos valores, nosso propósito e o que nos levará a exercer nosso papel com mais segurança, inteligência emocional, empatia, melhor comunicação e posicionamento, acreditando mais em nós mesmas e na importância do nosso trabalho é o que fará a diferença e nos fará ouvidas.

Finalizo tratando um tema igualmente importante que concluiu minha apresentação naquela oportunidade. Refiro-me à possibilidade de mudança de hábitos que nos levarão ao encontro de nossos objetivos, sonhos, propósitos e nos farão florescer, tudo isso explicado pela neuroplasticidade cerebral, ou seja, a capacidade de nosso cérebro de se adaptar as mudanças, estabelecendo novas conexões neurais.

Espero vocês em nosso próximo artigo!