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Energia

Demanda promete disparar no maior mercado de energia solar
Publicado em 12/07/2019 às 10h37
A indústria global de energia solar finalmente entenderá o panorama da demanda no maior mercado do mundo: a instalação de painéis deve disparar na China neste segundo semestre.

Há meses, companhias de todo o planeta aguardam informações oficiais sobre a política de energia solar da China em 2019. O órgão nacional de administração do setor energético informou na quinta-feira que vai subsidiar 22,8gigawatts em capacidade nova e projetou que o país vai adicionar de 40 a 45 gigawatts neste ano. "É o topo do nosso intervalo de estimativas", afirmou o JPMorgan Chase.

"Essa notícia deve acabar com as preocupações do mercado" em relação à demanda e à fraqueza nos preços à vista de módulos solares, escreveu o analista Alan Hon, do JPMorgan, em relatório divulgado na quinta-feira.

As ações de fabricantes chinesas de sistemas solares avançaram na sexta-feira: o papel da Tongwei fechou com valorização de 5,6% na bolsa de Xangai, LONGi GreenEnergy Technology teve ganho de 6,4% e Xinyi Solar Holdings avançou 4,7%.

O efeito do pacote de subsídios provavelmente será sentido não somente na China. O gasto global com energia limpa no primeiro semestre somou US$ 117,6 bilhões, 14% menos que um ano antes e a menor quantia desde 2013. O grande motivo para a queda foi a desaceleração dos investimentos na China.

O anúncio do órgão do governo sugere uma perspectiva melhor para empresas de energia solar no mundo todo, que sofreram com a decisão repentina de Pequim, em meados de 2018, de suspender aprovações de alguns projetos e diminuir subsídios para conter o excesso de capacidade. A decisão fez com que o acréscimo de capacidade solar na China desabasse no ano passado, após bater o recorde de 53 gigawatts em 2017. Havia o temor de que o número de instalações caísse novamente neste ano.


A versão final da política solar da China para 2019 demorou para ser apresentada devido a consultas ao setor. O atraso levou a uma queda de 46% nas instalações no primeiro trimestre, na comparação com um ano antes, e intensificou as incertezas para os fabricantes globais desses equipamentos.

A lentidão da demanda chinesa contribuiu para o tombo de 19% nos preços à vista dos módulos solares nos últimos 12 meses para 21,2 centavos de dólar por watt, o menor custo em registro, atingido nesta semana. Ainda assim, houve estabilização de preços recentemente e existe a possibilidade de subirem antes do fim do ano por causa do potencial salto na demanda, segundo Jenny Chase, analista da BloombergNEF.

"Esperamos mais de 30 gigawatts em demanda concentrada no segundo semestre", escreveu Robin Xiao, analista da CMB International, em relatório. Isso ampliará as vendas das fabricantes especialmente no quarto trimestre e os preços dos equipamentos tendem a reagir antes disso, acrescentou Xiao, citando conversas com empresas do ramo.
Fonte: Bloomberg
Texto extraído do portal Uol
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