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Combustíveis Fósseis

Preços do petróleo têm alta após petroleiro iraniano ser atingido por ´prováveis´ mísseis
Publicado em 11/10/2019 às 09h52
Foto Notícia
TV estatal iraniana disse que a explosão danificou dois armazéns dentro do navio tanque e causou um vazamento no Mar Vermelho.

Os contratos futuros de petróleo são negociados em alta nesta sexta-feira (11), após autoridades do Irã informarem que mísseis atingiram um petroleiro iraniano que atravessava o Mar Vermelho perto da costa da Arábia Saudita.

Após o incidente, o preço do barril do tipo Brent chegou a subir 2,3% nesta sexta-feira, para US$ 60,46. Nos EUA, o barril WTI avançou 2,1%, para US$ 54,69.

A Companhia Nacional de Petroleiros do Irã (NITC), operadora da frota iraniana, afirmou que o casco do petroleiro Sabiti foi atingido por duas explosões a cerca de 100 km da costa saudita.

As explosões "provavelmente foram causadas por ataques com mísseis", afirmou a NITC.

"Todos os tripulantes passam bem", acrescentou a NITC, ressaltando que as pessoas a bordo tentam reparar os danos.

O ataque foi lançado "a partir de um local próximo ao corredor (marítimo por onde o petroleiro passava) no leste do Mar Vermelho", disse o ministério das Relações Exteriores do Irã.

"Não há incêndio a bordo", afirmou a companhia estatal, negando informações transmitidas pela televisão estatal iraniana de que a embarcação havia pegado fogo.

Segundo a televisão estatal, é possível que o incidente tenha sido causado por "um ataque terrorista". Nas fotografias que exibiu, o convés do navio não parece danificado.

A TV estatal iraniana disse que a explosão danificou dois armazéns dentro do navio tanque e causou um vazamento no Mar Vermelho perto da cidade portuária de Jiddah. O vazamento foi estancado mais tarde, de acordo com a agência de notícias do Irã.

"A responsabilidade por esse incidente e a grave poluição do meio ambiente são dos autores desse ato irresponsável", ressaltou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Abbas Mousavi, acrescentando que uma investigação está em andamento.

Segundo o site TankerTrackers, que rastreia os movimentos dos petroleiros, o Sabiti transporta um milhão de barris de petróleo e diz que tem "o Golfo" como destino.

O incidente de hoje é o mais recente de uma longa série na região, incluindo os ataques a infraestruturas de petróleo na Arábia Saudita, apreensões de navios no Golfo e a destruição de um drone americano por Teerã.

Em setembro, a Arábia Saudita e os Estados Unidos, depois a Alemanha, o Reino Unido e a França acusaram o Irã de ser responsável pelos ataques aéreos a dois locais estratégicos na produção de petróleo da Arábia Saudita, o que fez subir brevemente os preços do petróleo em 20%.

Teerã negou qualquer envolvimento nos ataques reivindicados pelos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã e combatidos por uma coalizão militar liderada por Riad.


Tensões

Após os ataques, o governo dos Estados Unidos afirmou estar "pronto para revidar" e anunciou envio de reforços militares para a região.

Os ataques de setembro provocaram temores de um confronto militar com o Irã, depois que Washington e Teerã chegaram perto do conflito direto em junho. Na ocasião, o presidente Donald Trump disse que cancelou no último minuto ataques contra alvos iranianos depois que Teerã abateu um drone americano.

O suposto ataque desta sexta-feira também acontece depois da apreensão de várias embarcações pelo Irã nos últimos meses na região do Golfo e a apreensão em julho em Gibraltar (extremo sul da Espanha) de um petroleiro iraniano, liberado em 15 de agosto.

O Irã, que se considera o guardião do Golfo, denuncia a presença de forças estrangeiras na região e ameaçou bloquear o Estreito de Ormuz - ponto de passagem estratégico para o comércio mundial de petróleo - em caso de ação militar americana.

Neste contexto, Washington formou uma coalizão militar marítima para proteger a navegação, acompanhado por Riad e Abu Dhabi.

O Irã, por sua vez, apresentou um projeto regional para garantir a "segurança energética e liberdade de navegação" nas águas do Golfo.
Fonte: France Presse
Texto extraído do portal G1
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