União Nacional da Bioenergia

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Diversas

JBS é certificada para o RenovaBio
Publicado em 18/10/2019 às 10h22
Foto Notícia
Maior companhia de carnes do mundo, a JBS tornou-se a primeira empresa autorizada a participar da nova política de redução de emissões de gases de efeito estufa do país. A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou ontem a JBS a receber os certificados que a permitirão vender Créditos de Descarbonização (CBio) dentro do programa RenovaBio por sua produção de biodiesel - a principal matéria-prima é o sebo bovino.

A certificação foi autorizada para a usina de biodiesel localizada em Lins (SP). A segunda usina da companhia, em Campo Verde (MT), deverá ter seu processo de certificação concluído em breve.

De acordo com a certificação da JBS, conduzida pela firma Green Domus conforme as regras do programa e auditada pela ANP, o biodiesel de suas unidades "economiza" emissões de 79,8 gramas de gás carbônico equivalente por megajoule de energia gerado nos veículos em comparação à mesma energia gerada pelo uso do diesel.

A cada 370 litros de biodiesel produzidos em suas duas usinas, a JBS poderá emitir 1 CBio, que equivale a uma tonelada de gás carbônico evitada. Considerando que a produção de biodiesel da JBS em 2018, de 260 milhões de litros, se mantenha, a companhia poderá emitir 636 mil CBios quando as duas usinas estiverem certificadas.

Em todas as suas operações, a gigante de carnes emite 6,5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente, direta e indiretamente, conforme inventário de 2018 elaborado de acordo com a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol. Ou seja, para compensar todas as suas emissões, a JBS teria que produzir 10 vezes o volume de biodiesel que produz hoje nas duas unidades.

A JBS está construindo sua terceira usina de biodiesel no país, em Mafra (SC), que deverá mais que dobrar a capacidade de produção de biodiesel da empresa e deve começar a operar em 2021, disse Alexandre Pereira, diretor da JBS Biodiesel, ao Valor. Diferentemente das outras unidades, a nova fábrica terá como matéria-prima principal gordura de aves e suínos.

Para participar do RenovaBio com as duas usinas existentes hoje, o próximo passo da JBS é buscar uma instituição financeira para escriturar os CBios. Esse passo, porém, ainda depende de uma regulamentação do Conselho Nacional do Política Energética (CNPE). Assim que as regras estiverem definidas, a JBS espera emitir os CBios "o mais breve" possível, de acordo com Pereira.

O valor dos CBios ainda é uma incógnita. Embora já circulem especulações sobre o valor dos certificados, Pereira evitou traçar projeções. "Tudo depende de oferta e demanda. No início terá demanda pelos primeiros CBios que vamos emitir, e tem necessidade de compra por parte das distribuidoras, que tem obrigações [metas de redução de emissões estabelecidas pelo RenovaBio]. Mas vai estar aberto, não dá para estimar um número", argumentou.

O executivo ressaltou, ainda, que a JBS produz biodiesel com o com o objetivo de "dar destinação ção adequada aos subprodutos residuais e agregar valor". "Não estamos fazendo nada diferente por conta do RenovaBio", afirmou ele.
Fonte: Valor Econômico
Texto extraído do clipping do SCA
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