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Economia

Soja: Preços cedem no disponível nos portos com estabilidade de Chicago e baixa do dólar
Publicado em 23/10/2019 às 08h07
O mercado da soja teve um dia agitado no Brasil nesta terça-feira (22). As referências nos portos e no interior do país não obedeceram um caminho comum de olho na movimentação das cotações em Chicago - que de manhã subiram mais de 1% - e na baixa do dólar depois dos ganhos do pregão anterior.

Assim, enquanto a soja disponível perdeu 1,12% nos portos de Rio Grande e Paranaguá, para R$ 88,00 e R$ 88,50 por saca, respectivamente, os preços se mantiveram estáveis nas referências da safra nova, com R$ 87,50 e R$ 87,00, nessa ordem.

Já entre as principais praças de comercialização, as variações foram ainda mais expressivas. Enquanto no Oeste da Bahia a soja disponível registrou ganho de 2,33%, para R$ 76,75 por saca, em Rio Verde, Goiás, a baixa foi de 1,37% para R$ 72,00.

"O mercado brasileiro da soja teve um começo de dia com indicativos firmes, praticamente dentro dos melhores níveis da segunda-feira e, depois veio com pressão de baixa frente à retração do
dólar, que despencou junto com Chicago, que estava entregando todos os ganhos que carregou pelo
período da manhã", explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

As altas fortes de Chicago, ainda segundo o consultor, deram, novamente, chances de preços de até R$ 91,00 por saca nos portos para a soja da safra velha, mas a combinação de uma baixa do dólar - que perdeu o patamar dos R$ 4,10 - e da volta da estabilidade na CBOT esfriou os negócios e diminuiu os indicativos.

"No lado dos negócios, foram poucos e os efetivados se deram pela manhã. Alguns perderam a oportunidade de fechamento apostando que seguiria em alta devido à China (com a notícia da liberação da cota de 10 milhões de toneladas importadas nos EUA sem tarifação), mas o dólar aqui teve mais peso", completa Brandalizze.


Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja encerraram o dia com ganhos de 0,75 a 1 ponto nos principais contratos. O novembro/19 encerrou o pregão com US$ 9,34 e o maio/20, referência para a safra do Brasil, com US$ 9,68 por bushel.

Os traders, mais uma vez, se deparam com uma notícia, mas sem muitos detalhes confirmados e, por isso, o mercado acaba devolvendo parte das boas altas registradas mais cedo.

A Reuters Internacional informou, nesta terça-feira (22), que a China liberou uma nova cota de 10 milhões de toneladas de soja importada dos Estados Unidos isenta da tarifação de 25%. Segundo a agência, a cota se dá para empresas privadas e estatais de processamento da oleaginosa e tradings com plantas na China.

O volume foi definido em uma reunião com representantes de Pequim, ainda de acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, e reunião que acontece semanas depois de o presidente americano Donald Trump anunciar que a nação asiática deve ampliar suas compras de produtos agrícolas norte-americanos para algo entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.

O governo chinês, porém, ainda não emitiu um comunicado oficial sobre a nova cota.

De acordo com informações de agências internacionais, o presidente americano Donald Trump já sinalizou que um acordo com os chineses poderia ser assinado, mesmo que o parcial, quando se encontrará com Xi Jinping, em novembro, no Chile. Assim, as expectativas sobre a demanda da nação asiática pela oleaginosa americana e o caminho que irá percorrer chama a atenção do mercado.

"Mas, a alta, por enquanto está sendo limitada, pelo avanço na colheita de soja nos EUA que chegou a 46%, contra 38% de expectativa do mercado, 51% em 2018 e 64% na média dos últimos 5 anos", complemente o consultor da AgroCulte e da Cerealpar, Steve Cachia.
22/10/19
Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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