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Economia

Dólar tem pouca variação ante real com frustração sobre leilões compensando otimismo externo
Publicado em 07/11/2019 às 11h06
O dólar tinha pouca variação contra o real em uma sessão volátil nesta quinta-feira, depois de registrar a maior alta diária em mais de sete meses na sessão anterior, com a frustração dos investidores em relação à participação de empresas estrangeiras nos leilões do pré-sal compensando o otimismo comercial no exterior.

Às 10:41, o dólar avançava 0,13%, a 4,0871 reais na venda, depois de ter chegado a subir mais de 0,9% no início do pregão.

O dólar à vista fechou em firme alta de 2,22% na véspera, a 4,0818 reais na venda, maior variação percentual diária desde 27 de março, após um resultado decepcionante do leilão de excedentes da cessão onerosa.

Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,21%, a 4,092 reais.

No cenário doméstico, prevalecia a frustração em relação aos leilões do pré-sal, que ficaram aquém das expectativas dos investidores em relação à participação de empresas estrangeiras.

O governo brasileiro negociou na quarta-feira duas áreas do excedente da cessão onerosa por cerca de 70 bilhões de reais. A licitação, que poderia gerar cerca de 106,6 bilhões de reais em bônus se as quatro áreas do pré-sal tivessem sido vendidas, ficou concentrada em lances da Petrobras e de duas empresas chinesas.

Nesta quinta, um consórcio da Petrobras com a chinesa CNODC arrematou o bloco Aram, na Bacia de Santos, durante a 6ª Rodada de licitação de áreas do pré-sal sob regime de partilha. Não houve propostas para os outros blocos ofertados.

"Há a frustração de só uma empresa disputar o leilão", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "O maior problema talvez tenha sido os termos dessa concessão, que talvez não tenha agradado às petroleiras estrangeiras, o que é ruim para o mercado."

Ainda assim, o dia era marcado pelo otimismo em relação a um acordo comercial entre Estados Unidos e China - que se enfrentam em uma guerra comercial prejudicial para a economia global há mais de 16 meses - que chegou a favorecer a moeda brasileira no início do dia antes de o dólar devolver suas perdas.

"Se o exterior melhora, aqui a gente melhora, mas não expressivamente", completou Galhardo.

Nesta quinta-feira, o Ministério do Comércio da China afirmou que os dois lados do embate concordaram em cancelar em fases as tarifas adotadas sobre os produtos um do outro, mas não especificou um cronograma.

A expectativa é de que um acordo comercial provisório entre EUA e China inclua uma promessa dos EUA de retirar as tarifas marcadas para entrar em vigor em 15 de dezembro sobre cerca de 156 bilhões de dólares em importações chinesas, incluindo celulares, laptops e brinquedos.

Favorecidas pelo otimismo comercial, as moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o rand sul-africano, registravam altas contra a divisa norte-americana.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas rondava a estabilidade, a 97,952.

O Banco Central vendeu nesta sessão 6 mil contratos de swap cambial reverso, de oferta de 12 mil, e 300 milhões de dólares em moeda à vista, de oferta de 600 milhões.

Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019.
Luana Maria Benedito
Fonte: Reuters
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