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Economia

Soja mais barata no Brasil do que nos EUA pressiona Chicago mais uma vez nesta 5ª feira
Publicado em 21/02/2020 às 08h03
Foto Notícia
Um levantamento da ARC Mercosul aponta uma diferança nos preços da soja FOB, vencimento março, de US$ 4,10 por tonelada entre o produto do Brasil no porto de Paranaguá e dos EUA Golfo, com a oleaginosa brasileira mais barata. E essa maior competitividade, além da qualidade maior da soja do Brasil - com um teor maior de proteína - mantém a concentração da demanda no mercado nacional, inclusive por parte da China.

Em uma comparação feita em reais por saca, a consultoria mostra indicativos de R$ 71,25 em Sorriso/MT e de R$ 78,11 em Passo Fundo/RS, contra R$ 80,40 em Iowa e R$ 84,17 em Illinois, os dois principais estados produtores norte-americanos.

A maior parte desta vantagem chega pela taxa cambial. A moeda americana renovou seu recorde nesta quinta-feira (20) frente ao real ao alcançar os R$ 4,39, encerrando o dia com uma alta de 0,59%. A desvalorização do real, inclusive, foi citada pelo economista chefe do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) durante o primeiro dia de Outlook Forum como uma possível "ameaça" às projeções de exportações maiores de soja pelos EUA na temporada comercial 2020/21.

Das 3,4 milhões de toneladas embarcadas pelo Brasil no acumulado do ano, afinal, 70% tem como destino a China. E a oleaginosa nacional continua contando com a preferência da nação asiática.

Além do dólar, os prêmios, neste momento, também favorecem a competitividade do Brasil. Ainda de acordo com o levantamento da ARC, os prêmios em Paranaguá variam de 42 a 58 cents de dólar por bushel acima das referências praticadas na Bolsa de Chicago, enquanto no Golfo oscilam entre 60 e 69 cents.


Brasil X Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, a falta de demanda pressionou os preços por mais uma sessão, que terminaram o dia com perdas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos. O março fechou com US$ 8,92, o maio com US$ 9,01 e o julho com US$ 9,11 por bushel.

"Estamos esperando notícias de que os chineses comprem aqui, mas o dólar está muito forte e isso é ruim para nossas vendas. Assim, todos acreditam que a demanda por soja em grão vá para o Brasil e não venha para nós aqui nos EUA", diz Jack Scoville, diretor da Price Futures Group, direto de Chicago, ao Notícias Agrícolas.

E preocupado com a demanda chinesa ainda ausente no mercado norte-americano, as informações que chegaram do Outlook Forum do USDA sobre a nova safra de grãos dos EUA pouco impacto tiveram no andamento dos negócios na CBOT.

Para a área de plantio de soja, a estimativa veio em 34,4 milhões de hectares, contra 30,80 milhões da safra 2019/20 e dentro das expectativas do mercado de 33,59 a 35,40 milhões. O aumento para a oleaginosa é expressivo - de 11,69% - reflete uma retomada dos produtores depois da severidade do clima na safra 2019/20, que deixou muitas áreas sem plantar no Corn Belt, como aconteceu também com o milho.
20/02/20
Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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