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Combustíveis Fósseis

Petróleo dispara mais de 20% e puxa commodities agrícolas; Brasil segue favorecido pelo dólar
Publicado em 02/04/2020 às 15h24
Os preços do petróleo sobem mais de 20% nesta quinta-feira (2) e dispararam depois do presidente americano Donald Trump afirmar que Rússia e Arábia Saudita podem voltar a negociar e botar fim nesta guerra de preços iniciada nas últimas semanas. Ainda segudno Trump, os dois países irão reduzir sua produção em cerca de 10 milhões de barris de forma a contribuir para uma recuperação dos preços, que baterm nas mínimas em quase 20 anos esta semana.

Em sua conta no Twitter, Trump afirmou que conversou com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que se comunicou com o presidente russo Vladimir Putin e que ambos concordaram em esfriar o conflito para o bem do mercado.

"Acabei de falar com meu amigo MBS (príncipe herdeiro) da Arábia Saudita, que falou com o presidente Putin da Rússia, e eu espero que eles cortem aproximadamente 10 milhões de barris, talvez muito mais, o que, se acontecer, seria ÓTIMO para a indústria de petróleo e gás! ", disse o presidente americano na rede social.

O tweet de Trump, porém, não especificou como o corte de produção será feito. Além disso, segundo informou a agência de notícias Bloomberg, um porta-voz de Putin teria dito que o príncipe não falou com o presidente russo. A agência diz ainda que a Arábia Saudita não teria confirmado o corte na produção, mas sim pedido uma "reunião urgente" da OPEP + (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e mais a Rússia.

"Qualquer restrição estará condicionada a que todos os principais produtores de petróleo também concordem em reduzir a produção", disse uma fonte da OPEP + à Bloomberg sob a condição de anonimato.

A Casa Branca não comentou os tweets do presidente americano. Na sequência de sua divulgação, porém, os preços do petróleo chegaram a subir até 35%.

As informações, embora ainda desencontradas em alguns pontos, deram espaço a mais confiança no mercado diminuíram a aversão ao risco e a disparada do petróleo puxa quase todas as commodities agrícolas para uma recuperação importante depois das perdas intensas do dia anterior, quando todos os mercados registraram severas perdas.

Os futuros do algodão, que chegaram a bater em suas mínimas em 12 anos na Bolsa de Nova York, hoje sobem mais de 4% - com ganhos que já foram maiores - levando as primeiras posições a retomar o patamar dos 50 cents por libra-peso. Ainda na Bolsa de Nova York, o café e o açúcar tinham ganhos de mais de 2%.


MILHO

Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho operam de forma bastante tímida, já que nesta guerra das energias é uma das commodities que mais sente, em função de ser matéria-prima para a proodução de etanol nos EUA. E somente nesta quarta-feira (1), cerca de 30 plantas processadoras de milho para o combustível foram temporariamente fechadas nos EUA.

Por volta de 13h55 (horário de Brasília), as cotações do cereal subiam pouco mais de 1 ponto entre os contratos mais negociados, levando o maio a US$ 3,36 por bushel.


SOJA

Para a soja, o dia é de volatilidade e os futuros da oleaginosa já testaram os dois lados da tabela ao longo desta sessão. Às 14h, o mercado trabalhava com ligeiras perdas, variando de 0,25 a 0,50 ponto, com o maio cotado a US$ 8,62, o julho a US$ 8,66 e o agosto, US$ 8,68.

Os preços testam um leve recuperação, mas continua sentindo a pressão trazida pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus. E assim, seus próprios fundamentos continuam atuando sem protagonismo neste momento.

"A recessão esperada para o resto de 2020 preocupa. O único alento para o mercado é que a China já está voltando a funcionar e vários países estão tentando formar estoques estratégicos. O mercado internacional portanto precisa de confirmações de negócios e/ou sinais claros de vacina ou remédio eficiente contra esse Coronavírus para se acalmar", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da AgroCulte.

No Brasil, o dólar continua sendo o fiel da balança. Renovando suas máximas históricas, "a deterioração constante da moeda brasileira segue oferecendo suporte aos preços que estão tambem em níveis historicamente altos em reais", completa Cachia.

Renovando todas as suas máximas até aqui, a moeda americana tinha alta de 0,38% e era negociada a R$ 5,28. E assim, os preços para a soja brasileira permanecem em patamares historicamente elevados, superando os R$ 100,00 por saca, se aproximando, em referência e determinados portos, dos R$ 110,00.
Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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