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Economia

Ibovespa mantém viés positivo após melhor 2º tri desde 1997; Cielo lidera altas
Publicado em 01/07/2020 às 14h20
A bolsa paulista buscava sustentar o viés positivo na abertura do segundo semestre do ano nesta quarta-feira, após desempenho robusto no último trimestre, com as ações da Cielo liderando as altas após o Cade reverter medida cautelar contra acordo com o Whatsapp.

Às 12:24, o Ibovespa subia 1,19%, a 96.183,32 pontos. O volume financeiro somava 10,97 bilhões de reais.

O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de agosto, subia 1,6%, a 96.565 pontos, após uma abertura mais fraca - chegou a 94.400 pontos na mínima.

O Ibovespa teve o melhor segundo trimestre desde 1997 , amparado na liquidez global ampliada por medidas de combate a efeitos econômicos do Covid-19, além da queda da Selic a mínimas históricas. Desde a mínima do ano apurada em março, acumula alta de cerca de 50%. Mas ainda recua em 2020.

Carteiras de ações para julho compiladas pela Reuters mostraram estrategistas ainda enxergando um cenário benigno para as ações brasileiras neste mês, apoiado particularmente em juros historicamente baixos no país, mas volátil e sem muito "upside", em razão de riscos associados ao Covid-19.

Nesta sessão, a alta do Ibovespa, que se aproximou dos 97 mil pontos na máxima até o momento, tinha respaldo de Wall St, onde esperanças crescentes de uma vacina contra o Covid-19 ofuscavam receios de mais uma rodada de bloqueios após salto recorde nos casos de coronavírus nos Estados Unidos.

A vacina para Covid-19 desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e pela gigante farmacêutica Pfizer mostrou potencial e foi bem tolerada no estágio inicial de testes em humanos, segundo as empresas.

Dados econômicos da China e zona do euro também endossavam a corrente mais otimista no mercado.

Análise técnica da equipe do Itaú BBA reiterou que o Ibovespa continua em tendência de alta no curto prazo, mas que o índice precisa superar a região dos 97.700 pontos para retomar a trajetória rumo aos 102.300 e 108.800 pontos, afirmaram em relatório a clientes.

DESTAQUES
- CIELO ON subia 6,3%, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) retirar medida cautelar que impedia acordo para a criação de um sistema de pagamentos no país recentemente lançado pelo Whatsapp com a empresa. O órgão de defesa da competição afirmou, porém, que vai continuar investigação sobre a parceria. Além disso, apesar da decisão do Cade, o serviço de pagamento via Whatsapp provavelmente não deve voltar a funcionar em breve porque o Banco Central bloqueou o acordo na semana passada.

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN avançavam 2% cada, após fortes perdas que se acentuaram no final do pregão da véspera, em meio à volta de ruídos sobre aumento de tributação no setor. BTG PACTUAL UNIT valorizava-se 1,4%. O setor financeiro era destaque, ajudado ainda pela alta de 2,9% de B3, em meio a perspectivas positivas para a operadora de infraestrutura de mercado financeiro.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON valorizavam-se 2,2% e 1,8%, na esteira da alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O presidente-executivo da companhia, Roberto Castello Branco, também afirmou a empresa espera receber ofertas vinculantes por todas as suas reinarias nos próximos meses e que um novo impairment neste ano devido condições do mercado de petróleo é muito improvável.

- VALE ON perdia 3%, em meio à queda de futuros do aço e do minério de ferro na China. Além disso, a companhia informou que cerca de 50 pessoas que moram nas proximidades do complexo de Paraopeba (MG) serão retiradas de suas residências e realocadas devido à ampliação nos limites da chamada área de autossalvamento de barragens na região. No setor de mineração e siderurgia, GERDAU PN caía 4%, seguida por USIMINAS PNA e CSN ON.

- IRB BRASIL RE ON caía 3,9%, destaque entre as poucas quedas da sessão, ainda afetado pelos anúncios da véspera, de fará um captação bilionária de recursos para repor provisões técnicas regulatórias fragilizadas por uma fraude contábil, enquanto reavalia desmobilizar alguns negócios fora da América Latina. O Credit Suisse cortou a recomendação das ações para ?´underperform?´ e reduziu o preço-alvo a 7,50 reais - cerca de 30% abaixo da cotação de fechamento da terça-feira, de 11 reais.
Paula Arend Laier
Fonte: Reuters
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