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Economia

Crise no Brasil deve manter Selic baixa por longo tempo, prevê BTG
Publicado em 03/07/2020 às 16h58
Embora o cenário indique uma contração da economia menos severa do que se imaginava a princípio no segundo trimestre deste ano, ainda há incerteza na velocidade da retomada da atividade e o ambiente ainda será de ociosidade elevada.

É com base nesse contexto que o economista-chefe do BTG Pactual, Claudio Ferraz, prefere manter o foco no atual ciclo de afrouxamento monetário e diz ser muito cedo para falar sobre o início de uma normalização da política monetária.
"Vamos ter de legado uma piora bastante grande no mercado de trabalho, nas condições das famílias, e isso pode ter um efeito importante de arrasto, um evento desfavorável para uma retomada. O conjunto de dados do segundo trimestre tem sido melhor do que se antecipava, mas estamos falando de uma economia que, nas nossas projeções, deve ter contração de 6% neste ano. É um número que indica uma ociosidade ainda maior na economia, um hiato do produto ainda mais aberto, sendo que não tínhamos conseguido fechar o hiato da recessão anterior", afirma o economista.

A projeção oficial do BTG Pactual indica manutenção da Selic em 2,25% por um período prolongado, com o início de uma normalização no fim de 2021, com o juro básico encerrando o próximo ano em 3%. Ferraz, contudo, nota que a comunicação recente do BC deixou a porta aberta para reduções adicionais e diz que o cenário aponta para manutenção da Selic em 2,25% em agosto ou para um corte de 0,25 ponto.

"Dada a comunicação geral, acredito que, na margem, o cenário aponta para uma chance um pouco maior de redução de 0,25 ponto", afirma o economista.

Em relação à questão sobre um possível efeito contraproducente derivado da redução da taxa de juros, Ferraz diz que essa discussão remete ao limite mínimo efetivo ("effective lower bound"), que a autoridade monetária começou a levantar em suas últimas comunicações.

"O BC tem sinalizado que esse limite é dinâmico e essa menção está na ata da reunião de junho. No fundo, essa questão exprime incerteza sobre esse limite. Essa mensagem, para nós, indica que, a partir de certo ponto, é necessário ter cautela, já que estamos em mares nunca antes navegados."
Victor Rezende
Fonte: Valor Investe
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