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Combustíveis Fósseis

AIE reduz projeção para demanda por petróleo em 2020 e 2021 devido à pandemia
Publicado em 13/08/2020 às 10h20
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Números elevados de casos de coronavírus em várias economias importantes vão atrapalhar a recuperação de um mercado de petróleo já sitiado pela baixa demanda, declarou a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta quinta-feira.

Em seu relatório mensal, a agência previu uma contração mais acentuada na demanda global em 2020 pela primeira vez em vários meses. A agência agora vê uma demanda global de petróleo para 2020 em 91,1 milhões de barris por dia, refletindo uma queda de 8,1 milhões de barris por dia, 140 mil barris a mais do que no relatório de julho.

A AIE disse que o rebaixamento na previsão reflete a recuperação estagnada na atividade de transporte e taxas de infecção de covid-19 altas. A atividade de aviação caiu dois terços no mês passado em relação aos níveis normais para um mês de julho, enquanto "o vírus continua a impactar o transporte rodoviário, já que as pessoas evitam viagens não essenciais e trabalhar de casa continua sendo a norma em grande parte do Ocidente", acrescentou a organização com sede em Paris.

Os preços do petróleo oscilam entre perdas e ganhos nesta manhã, após receber um impulso na quarta-feira com a queda nos estoques de petróleo dos EUA.

A commodity foi negociada dentro de uma faixa estreita nos últimos meses, com os investidores tendo que lidar com a queda dos estoques e a recuperação da atividade econômica, por um lado, e o aumento dos casos de coronavírus e bloqueios localizados, por outro.

No entanto, os preços aumentaram significativamente desde o que o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, chamou de "abril negro", quando os futuros do WTI mergulharam em território negativo. A agência disse que a demanda global em junho excedeu a oferta e que assim permanecerá até o fim de 2020.

Ainda assim, a recuperação parece estar em risco de estagnação devido ao aumento da oferta.

A oferta global aumentou em 2,5 milhões de barris por dia em julho, com a Arábia Saudita encerrando seus cortes adicionais voluntários. Além disso, a produção dos EUA e do Canadá está começando a aumentar novamente, disse o relatório. Ao mesmo tempo, as nações da aliança Opep concordaram em julho em suavizar os cortes de produção a partir de 1º de agosto, colocando no mercado dois milhões de barris extras por dia.

De modo geral, o setor de energia continua sua lenta recuperação do enorme golpe que recebeu nas primeiras ondas da pandemia. A AIE prevê uma recuperação de 5,2 milhões de barris por dia na demanda no próximo ano, ligeiramente reduzida em relação à estimativa do mês passado. Os estoques mantidos em caros depósitos flutuantes - um último recurso quando a venda imediata se tornou não lucrativa em março e abril - caíram 19% em julho, de um recorde histórico de 184,8 milhões de barris em junho.

As refinarias estão entre as que ainda operam na incerteza que a pandemia lançou sobre a demanda de petróleo, disse o relatório. Enquanto a atividade de refino está se recuperando, o ritmo vai depender de uma retomada da demanda por produtos refinados, com estoques ainda muito elevados. O aumento dos preços do petróleo também pressionou os lucros das refinarias.
Fonte: Valor Econômico
Texto extraído do boletim SCA
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