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Diversas

Datagro enxerga queda entre 2 e 3 reais para a saca de milho em setembro/outubro para estimular exportações
Publicado em 14/08/2020 às 08h17
A segunda safra de milho no Brasil já está 74% colhida até o final da última semana, levemente atrasada com relação a media dos últimos 5 anos que é de 78%. As produções também estão dentro do esperado, mas os preços do cereal seguem subindo em plena colheita.

Segundo o chefe do setor de grãos da Datagro Consultoria, Flávio França Jr., a atual safra já está 70% comercializada, com isso o produtor colhe e já cumpre estes contratos, mantendo a falta de oferta no mercado, já que não há necessidade de alavancar recursos neste momento. "Estamos em entressafra antecipada", diz.

Apesar das valorizações recentes, o analista enxerga uma queda no preço da saca de milho entre R$ 2,00 e R$ 3,00 para os meses de setembro e outubro visando alavancar a parte final das exportações. Segundo seus dados, o país já vendeu 28 milhões de toneladas para exportação e precisa de mais 7 ou 8 milhões para reduzir a oferta.

"Hoje os preços nos portos estão entre 55 e 56 reais e a base Campinas em R$ 55,00. Isso desestimula a exportação e pode levar à um excedente de oferta no final do ano. Com essa pequena queda os volumes embarcados devem aumentar, a oferta volta a ficar ajustada e os preços podem retomar altas entre novembro e dezembro", explica França.

Diante deste cenário, o conselho é que aquele produtor que precise vender novos lotes nos próximos meses para pagar novas contas deve optar por vendas neste momento. Já que está bem vendido e capitalizado pode aguardar momentos futuros na entressafra de virada do ano.


Safra 2021

O cenário é positivo também para as próximas safras, tanto a verão 2020/21 quanto a segunda safra em 2021. A Datagro estima um aumento na área cultivada de 2% para o plantio de verão e 3% para a safrinha, mas este segundo índice pode ser ainda maior de acordo com o clima e as condições de semeadura da soja na primeira safra.

França destaca ainda que, cerca de 25% da produção estimada em 2021 já foi negociada e acredita que ainda há espaço para novos negócios, já que a tendência é que o dólar caia no ano que vem e estes patamares se retraiam um pouco.

"Este é um número extremamente acelerado, não se tem nenhum caso parecido e o produtor não vai deixar de plantar milho já tendo tanto vendido. A safra 2021 tem potencial de produzir 112 milhões de toneladas contra as 103,5 milhões de 2020", afirma o analista.

Mesmo com o aumento de produção, o mercado ainda deve ser positivo para o produtor de milho brasileiro, uma vez que a demanda seguirá aquecida nos setores de proteínas animais, etanol de milho e nas exportações, que deve absorver entre 30 e 35 milhões de toneladas.
13/08/2020
Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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