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Diversas

Estudo da GO Associados revela prejuízos econômicos e na saúde com redução do teor de biodiesel
Publicado em 06/05/2021 às 17h47
Estudo produzido pela GO Associados mostra os impactos da redução da mistura de biodiesel ao óleo diesel comercial. Os prejuízos foram divididos em cinco eixos principais: meio ambiente, saúde pública, economia, cadeia produtiva e segurança jurídica.

Em relação ao meio ambiente, a pesquisa destaca que a mudança do B13 para o B10 vai na contramão do compromisso brasileiro de redução de emissão dos gases de efeito estufa (GEE) e defesa do meio ambiente. Para comprovar os dados, o estudo cita literatura especializada que demonstra que o biodiesel pode reduzir emissões de dióxido de carbono em cerca de 80% com relação ao diesel de petróleo.

No âmbito da saúde pública, o estudo ressalta o impacto positivo provocado pela redução de emissões de gases poluentes, como o monóxido de carbono e material particulado. Segundo relatório publicado este ano pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), sem o uso do biodiesel na Região Metropolitana de São Paulo, a
concentração de particulados na atmosfera, proveniente do setor de transportes, seria 4,8% superior ao registrado em 2018. A pesquisa da EPE conclui que o uso do B10 evitou cerca de 244 mortes naquele ano. Por fim, a análise da GE Associados acrescenta que os efeitos negativos dos combustíveis fósseis para o sistema respiratório são ainda mais importantes quando se considera o cenário atual de pandemia da Covid-19.

Os números do impacto na economia são elevados. O estudo avalia que a redução de 1 ponto percentual na mistura do biodiesel tem o potencial de eliminar 34 mil postos de trabalho, achatar a massa salarial na ordem de R$ 552 milhões, diminuir a arrecadação de tributos em cerca de R$ 107 milhões e encolher o PIB em cerca de R$ 4,7 bilhões.

Já os efeitos sobre a cadeia produtiva estão diretamente relacionados ao preço dos alimentos nas prateleiras dos supermercados. Isso se deve ao fato de que o biodiesel representa o principal destino do óleo
de soja. Assim, uma queda na sua produção diminuiria a oferta de farelo de soja no mercado interno, o que causaria um aumento no preço final da proteína animal, colocando em risco a segurança alimentar das famílias em um momento de recessão econômica.

Por fim, o retorno para o B10 gera insegurança jurídica, o que inibe investimentos no país e afeta a geração de empregos. O estudo conclui que a redução do percentual mínimo obrigatório de biodiesel na mistura do diesel comercial, visando compensar o aumento de preço dos combustíveis no curto prazo, deve gerar profundos impactos negativos no curto, médio e longo prazos.
Fonte: Urabio
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