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A hidrelétrica domina a geração de energia no Brasil até 2030
Publicado em 09/09/2021 às 15h33
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O último relatório da GlobalData, ´Perspectivas do mercado de energia no Brasil para 2030, atualização 2021 -- Tendências de mercado, regulamentos e cenário competitivo´ discute a estrutura do mercado de energia do Brasil e fornece números históricos e de previsão para capacidade, geração e consumo até 2030.

Análise detalhada de a estrutura regulatória do mercado de energia do país, o cenário competitivo e uma lista das principais usinas de energia são fornecidas. O relatório também oferece uma visão geral do setor de energia no país em amplos parâmetros de macroeconomia, segurança de abastecimento, infraestrutura de geração, infraestrutura de transmissão e distribuição, cenário de importação e exportação de eletricidade, grau de concorrência, cenário regulatório e potencial futuro. Uma análise dos negócios no setor de energia do país também está incluída no relatório.

A energia hidrelétrica continuará a dominar a geração de eletricidade no Brasil até 2030. A geração hidrelétrica deverá representar 58,0% da participação total na geração anual em 2030. A geração hidrelétrica deverá aumentar de 374,1 TWh em 2020 para 414,1 TWh em 2030. O Brasil tem vários grandes rios, mudanças de altitude e altos níveis de precipitação, o que torna o país um local ideal para energia hidrelétrica.

O Brasil gera energia a partir de uma ampla gama de fontes que incluem fontes térmicas (gás, petróleo e carvão), energia hidrelétrica, nuclear e renovável. A energia hidrelétrica responde pela maior parte da geração anual de energia do país e representava uma participação de 63,4% em 2020. A energia térmica não é usada para geração de base devido ao alto preço do gás natural. Embora o Brasil possua reservas substanciais de gás e petróleo, esses recursos são em sua maioria exportados e não usados ??para geração de eletricidade, já que a energia hidrelétrica ajuda a manter as tarifas de eletricidade baixas.

O Brasil possui usinas hidrelétricas convencionais, bem como usinas reversíveis, que ajudam a gerar eletricidade durante os horários de pico de demanda em uma base de curto prazo. A energia hidrelétrica é uma tecnologia madura e o espaço para crescimento futuro é limitado. As futuras adições de capacidade serão, portanto, limitadas a pequenos projetos hidrelétricos.

Embora a geração de energia hidrelétrica esteja crescendo no país, ela é vulnerável às secas recorrentes. Grandes secas ocorreram de 2014 a 2017, levando a uma queda significativa na geração de energia hidrelétrica. O país está enfrentando atualmente outra seca severa, que deverá impactar a geração de energia hidrelétrica em 2021. As secas contínuas têm empurrado o país para o desenvolvimento do setor renovável.

O governo lançou várias políticas, como o Plano Nacional de Energia 2030, o Plano Decenal de Energia 2029 e leilões de energia renovável para promover as fontes renováveis. Dentro das energias renováveis, a energia eólica onshore e a energia solar fotovoltaica (PV) são as principais áreas de foco do governo brasileiro. O desenvolvimento do setor renovável reduzirá a dependência do país da energia hidrelétrica, bem como ajudará na redução das importações de eletricidade.

O Brasil foi um dos países mais atingidos no mundo devido à pandemia do COVID-19 em 2020. Para conter a disseminação do COVID-19, o governo brasileiro impôs restrições rígidas a viagens e movimentos no país. Devido às rígidas restrições de movimento, indústrias e estabelecimentos comerciais em algumas cidades do país foram temporariamente fechados em 2020. Isso resultou em uma queda significativa na demanda de eletricidade. Em 2020, o consumo de eletricidade diminuiu 1,4% em comparação com 2019. Em abril de 2020, a ANEEL (Autoridade Reguladora de Eletricidade Brasileira) aprovou a transferência de $ 400 milhões para garantir liquidez às empresas do setor elétrico durante a pandemia COVID-19.

O financiamento foi realizado a partir de uma conta reserva constituída pelos encargos incidentes sobre a conta de luz. Em março de 2020, o Ministério de Minas e Energia adiou indefinidamente os leilões de energia renovável de 2020 devido à pandemia de COVID-19. Os leilões foram posteriormente cancelados em dezembro de 2020. O governo também adiou todos os leilões de linhas de transmissão. Em janeiro de 2021, o Ministério de Minas e Energia do Brasil publicou diretrizes para os próximos dois leilões de energia, A-5 e A-6, a serem realizados em 30 de setembro de 2021.
Miquéias Santos
Fonte: O Petróleo
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