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Diversas

Lockdown trava transporte de cargas na China e impede que navios realizem cargas ou descargas no porto mais movimentado do mundo
Devido ao Lockdown, gerado pelo agravamento da epidemia na China, o porto de Xangai, o maior do mundo impede que navios façam cargas ou descargas, aumentando a inflação global
Publicado em 28/04/2022 às 14h01
O lockdown imposto em Xangai, cidade muito importante da China, tem atrasado as movimentações de carga e descarga de navios do porto de Xangai, o maior porto do mundo, causando um aumento na inflação no mundo inteiro. O porto foi responsável por 17% do tráfego de contêineres e 27% das exportações da China. Apenas em 2021, movimentou 34 milhões de TEUS dos 200 milhões de contêineres movimentados pelo país. A cidade está em lockdown há cerca de 4 semanas e isso ocorre devido a política de covid-zero, determinada pelo governo, impactando o maior porto do mundo indiretamente.

O caos no transporte de mercadorias é um dos grandes responsáveis pelos preços elevados em vários países, tendo em vista que diminui a oferta de produtos mas a demanda não acaba.

De acordo com o professor de finanças e economia da NUI Shanghai, Rodrigo Zeidan, apesar do porto não ter fechado com o lockdown, as restrições aplicadas pela China chegam a impedir 90% dos caminhões que levam cargas até o local. Sendo assim, a logística limitada impede que mercadorias sejam enviadas para o exterior.

Como resultado, diversos navios acabam parados no porto de Xangai esperando sua vez de carregar mercadorias ou entregar aos compradores chineses. O resultado é que as empresas de navios estão saindo do maior porto do mundo e indo para a próxima parada, grande parte das vezes na própria China. O porto está funcionando com metade de sua capacidade e as consequências disso podem ser vistas nas imagens de satélites que acompanham os navios.

Está sendo armada uma bomba de efeito retardado no mercado de contêineres com previsão de explodir em junho ou julho nos vários mercados do mundo. Grande parte da carga de navios não sai do maior porto do mundo e a outra não chega na China Continental.

Caso esse efeito continue e as autoridades não liberem os navios para a volta das atividades, o mercado global de carga travará e não será como durante a pandemia quando a roda da economia parou e milhões de cofres de cargas ficaram espalhados.

No final do ano passado esta roda voltou a girar e o preço da locação de contêineres desceu de forma drástica. Mas com o lockdown, voltou a subir novamente e como não há boas notícias da epidemia nos municípios, o temor já se espalhou pelas gigantes do mercado de navios.

UBS reduz projeção de PIB da China

Estão surgindo alertas para a gravidade da situação e para o fato de que ainda não foram incorporadas possíveis consequências aos cálculos de crescimento do PIB mundial por grande parte dos economistas, que ainda observam a alta como temporária, gerando um grande susto adiante. Entretanto, alguns já se adiantaram sobre o assunto e sabe-se que a primeira economia que deve ser atingida é a da própria China.

O UBS, banco suíço, reduziu de 5% para 4,2% a estimativa de alta do Produto Interno Bruto da China no ano. Efeito que as medidas de distanciamento, como o lockdown, devem ter no crescimento econômico.

As razões para o medo de um lockdown na China no setor de transporte está ligado também com as próximas eleições presidenciais. A China escolherá um novo presidente em 2022 e parece claro que o líder Xi Jinping será reconduzido ao cargo para seu terceiro mandato.
Fonte: Click Petróleo e Gás
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