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Cana-de-açúcar

Usina Iracema, da São Martinho, é a primeira a revisar certificação no programa RenovaBio
Publicado em 23/02/2021 às 14h05
A Usina Iracema, do grupo São Martinho, localizada em Iracemápolis (SP), tornou-se a primeira produtora de biocombustível a revisar sua certificação no programa federal RenovaBio, e agora poderá emitir mais Certificados de Descarbonização (CBio) por etanol comercializado do que antes, ampliando a capacidade de oferta do título no mercado. Cada CBio equivale a 1 tonelada de gás carbônico de emissão evitada com a substituição de combustíveis fósseis por renováveis.

A reavaliação ampliou a parcela da produção de etanol elegível para participar do programa para 95,4% da capacidade da planta; na certificação anterior, ela estava em 55,99%. A usina tem capacidade de processar até 3 milhões de toneladas de cana por safra e foi uma das primeiras a se certificar para o programa, em julho de 2019.

Até o momento, os produtores de etanol de cana têm em média um nível menor de elegibilidade que o da Iracema, de 89,63%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O biocombustível torna-se elegível se o terreno da biomassa não tiver sido desmatado após novembro de 2018 e se estiver inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR) -- ativo ou pendente.

Ao ampliar a parcela de biocombustível elegível, a nota da usina que indica o quanto o etanol evita de emissões ao substituir a gasolina acabou caindo. Para o etanol anidro (misturado à gasolina), a nota de eficiência energético-ambiental saiu de 66,7 gramas de gás carbônico equivalente por megajoule de energia gerada para 58,57 gramas/MJ. Para o etanol hidratado, a nota caiu de 66,3 gramas de gás carbônico/MJ para 58,22 gramas/MJ.

Na média, os produtores de etanol a partir da cana credenciados no RenovaBio têm notas ligeiramente maiores, de 59,69 gramas/MJ para o etanol anidro e de 59,12 gramas/MJ para o etanol hidratado.

Ainda assim, com a ampliação da parcela de etanol elegível, a Usina Iracema poderá agora emitir 1 CBio referente à venda de 844 litros de etanol hidratado, ou de 801 litros de etanol anidro. Na certificação anterior, a usina precisava vender quantidades maiores de biocombustível para emitir um título de descarbonização: 1.262 litros de etanol hidratado, ou 1.198 litros de etanol anidro. Cada CBio está sendo negociado na B3 em média por R$ 32,04, de acordo com dados de ontem.

Os novos parâmetros passaram a valer para o etanol vendido pela usina a partir de 11 de fevereiro, após revisão da certificação realizada pela firma inspetora Green Domus e validada pela ANP.

Para Felipe Bottini, sócio da Green Domus, mais usinas devem revisar suas certificações neste ano. "Espero um nível de renovação de 30% [das certificações] para este ciclo [referente à safra sucroalcooleira 2021/22]", disse.
Fonte: Estadão Conteúdo
Texto publicado no Portal Istoé
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