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Argentina altera câmbio, favorece exportações e mexe com mercado de soja
Publicado em 09/09/2022 às 17h19
Foto Notícia
O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou nesta semana novos incentivos para que os produtores de soja vendam mais de seus estoques. Eles vão poder acessar uma melhor taxa de câmbio, em uma tentativa de aumentar as exportações e as reservas em dólar.

O anúncio abrange incentivos que devem durar até 30 de setembro. A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, bem como o terceiro fornecedor do grão.

O secretário de Agricultura, Juan José Bahillo, destacou as modificações no regime do "agro dólar", aprovado em agosto para gerar mais divisas a partir da alta do dólar para os produtores de soja, e esclareceu que as Declarações sem Preços Fixos e Contratos em dólares pendentes de precificação serão contemplados por esta medida.

Em declarações ao canal Todo Notícias, Bahillo indicou que o dólar a 200 pesos melhora a renda dos produtores, que vendem entre 50.000 e 52.000 pesos por tonelada, de modo que a medida permitirá que a receita aumente em até 70.000 por tonelada.

"Os produtores vão investir em tecnologia. Estimar o volume de liquidação não é fácil porque a vontade dos produtores deve ser calculada. Eles veem que é um preço atrativo e uma oportunidade. Quem vendeu em agosto, porque as vendas são até o último dia de setembro", disse Bahillo. Além disso, reconheceu que o sistema 70/30 anterior tinha burocracias que não agilizavam as operações.

Mercado

A alteração no câmbio argentino mexe com o mercado internacional de soja, com reflexos também no Brasil. A maior oferta de soja argentina pressionou as cotações na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e os prêmios nos portos brasileiros.

Em Chicago, os contratos com vencimento em novembro recuaram 2,43% na semana, fechando a quinta a US$ 13,86 por bushel. Além da decisão sobre o câmbio na Argentina, a perspectiva de safra cheia nos Estados Unidos, a provável ampliação de área no Brasil e na Argentina e a queda nas compras chinesas ajudaram a pressionar.

Com o aumento do ingresso de produto argentino, os prêmios cederam no Brasil. O preço FOB recuou ao longo da semana, marcada por pouca atividade, com feriados na segunda -- Estados Unidos -- e na quarta -- Brasil. A saca de 60 quilos baixou de R$ 191,50 para R$ 187,00 em Paranaguá.

O mercado físico também foi pressionado e o ritmo dos negócios despencou. Bem capitalizados, os produtores esperam por preços melhores e dão preferência por negociar o milho.

A cotação da soja baixou de R$ 183,00 para R$ 181,50 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço recuou de R$ 186,00 para R$ 180,50. Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 172,00 para R$ 171,00.
Fonte: Safras & Mercado
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