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Mercado de milho perde força no Brasil após otimismo com relatório altista do USDA
Publicado em 16/09/2022 às 14h55
Foto Notícia
O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de volatilidade nos preços. Segundo informações da SAFRAS Consultoria, os produtores até chegaram a se animar e a trabalhar com preços mais altos para o cereal após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado na segunda-feira. Mas no decorrer da semana os preços foram perdendo força nos portos, diante dos movimentos de baixa na Bolsa de Mercadorias de Chicago, em meio às preocupações com um quadro de recessão na economia norte-americana e mundial.

As perdas em Chicago contribuíram para um aumento da fixação de oferta para venda do cereal em alguns estados, como em São Paulo, sem que houvesse, porém, um declínio nas cotações. De acordo com a SAFRAS Consultoria, o ritmo de negócios seguiu travado na semana, uma vez que os consumidores seguem apostando em um movimento de baixa nas cotações diante do fato dos armazéns ainda estarem lotados de ofertas de cereal e da necessidade dos produtores de arcarem com o pagamento de dívidas com vencimento no final de setembro.

A boa demanda para o milho brasileiro voltado ao mercado internacional é outro fator que ajuda a limitar o movimento de queda nos preços do cereal. Os line-ups, a programação de embarques dos portos brasileiros, indicam que o país poderá exportar 7,096 milhões de toneladas ao longo do mês. Para todo o ano comercial 2022/23, são projetados embarques acima de 25,291 milhões de toneladas do cereal.

Ao longo da semana, no mercado brasileiro, o valor médio da saca de 60 quilos de milho subiu 0,21%, sendo vendida por R$ 84,86. O preço da saca de milho em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 87,00, ante os R$ 86,50 praticados na semana passada. Na região Mogiana paulista, o cereal seguiu em R$ 84,00 a saca.

Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço subiu 1,19%, de R$ 84,00 para R$ 85,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação seguiu em R$ 80,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal permaneceu em R$ 95,00.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana continuou em R$ 80,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda se manteve em R$ 80,00 a saca.

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 652,063 milhões em setembro (6 dias úteis), com média diária de US$ 108,677 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 2,221 milhões de toneladas, com média de 370,236 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 293,50.

Em relação a setembro de 2021, houve alta de 327,3% no valor médio diário da exportação, avanço de 172,8% na quantidade média diária exportada e valorização de 56,6% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

USDA

O relatório de setembro de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na segunda-feira (12), indicou que os Estados Unidos deverão colher 13,944 bilhões de bushels na temporada 2022/23, abaixo da estimativa do mercado, que previa uma produção de 14,077 bilhões de bushels, e aquém dos 14,359 bilhões de bushels indicados no relatório de agosto. A produtividade média em 2022/23 deve atingir 172,5 bushels por acres, abaixo dos 175,4 bushels por acre indicados em agosto e acima dos 172,4 bushels previstos pelo mercado.

Os estoques finais de passagem da safra 2022/23 foram estimados em 1,219 bilhão de bushels, acima dos 1,180 bilhão de bushels previstos pelo mercado, contra 1,388 bilhão em agosto.

Para 2022/23, o USDA projetou a safra global em 1.172,58 milhão de toneladas, ante 1.179,61 milhão em agosto. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2022/23 em 304,53 milhões de toneladas, acima dos 301,8 milhões de toneladas previstos pelo mercado e das 306,68 milhões de toneladas indicadas em agosto.
Fonte: Safras & Mercado
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