União Nacional da Bioenergia

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Gasolina sem petróleo: produção em escala industrial é iniciada
Publicado em 21/12/2022 às 11h00
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A gasolina sintética começou a tomar forma há alguns anos atrás, mas ainda se encontrava em escala experimental, nada de fabricação em massa. Até agora. A primeira usina de produção em massa de gasolina sem petróleo começou a sua operação hoje (20 de dezembro) em Magalhães, extremo sul do Chile.

Chamada de Haru Oni, a planta combina energia elétrica, água e CO2 para gerar e-Metanol e, por fim, gasolina neutra em carbono a partir da eletricidade. Por isso mesmo, os combustíveis gerados são chamados de eletro combustíveis ou combustíveis elétricos (e-Fuels).

A base do processo de sintetização dos combustíveis é o hidrogênio, elemento que é produzido em um eletrolisador com a energia elétrica das turbinas eólicas, ambas tecnologias do grupo Siemens.

A operação foi criada por um consórcio da Siemens Energy, Porsche, HIF Global, entre outras empresas. A própria Porsche já havia anunciado o uso de combustíveis sintéticos.

Segundo a Siemens, a expectativa é que o sistema produza 130 mil litros de combustível sintético por ano ainda em 2023 . Após essa fase piloto, o projeto crescerá gradualmente até atingir 55 milhões de litros por ano até a metade da década . Cerca de dois anos depois disso, ou seja, por volta de 2027, a projeção da capacidade produtiva deve chegar a 550 milhões de litros por ano .

Se levarmos em consideração apenas a gasolina, a projeção de demanda do combustível no Brasil da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo brasileiro, será de 38,1 bilhões de litros em 2023 . O nível de produção de combustível sintético em 2027 poderia ser uma saída para suprir parte da demanda.

O excepcional potencial de geração de energia renovável da Patagônia fez do local uma escolha natural para a implantação da instalação . Os fortes ventos da região conseguem gerar cerca de três vezes mais energia do que o possível na Europa. Toda a operação de Haru Oni tem certificação que comprova que os combustíveis gerados na usina podem ser chamados de verdes.
Fonte: Julio Cabral - iG
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