Energia

O Conselho de Itaipu Binacional aprovou a redução da tarifa de energia da usina brasileira e paraguaia em aproximadamente 20%. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (17), em reunião no Ministério de Minas e Energia.

Com a decisão, a tarifa oficial foi reduzida de US$ 20,80 para US$ 16,71 por kilowatt/hora mensal para o restante do ano de 2023. Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, a mudança deve gerar uma queda de 1% em média na conta de luz -- já que a usina produz cerca de 8,6% da energia consumida no país.

No entanto, uma tarifa ainda menor (US$ 12,67) já vinha sendo praticada provisoriamente no Brasil desde janeiro deste ano, por decisão do governo Jair Bolsonaro mas sem aval do Paraguai -- o que causou prejuízo de US$ 150 milhões à usina, segundo o diretor brasileiro de Itaipu.

Agora, com a aprovação do novo valor pelo lado paraguaio, após acordo com o governo brasileiro, a tarifa passa a ser fixada em US$ 16,71.

A nova tarifa da Itaipu -- denominada Custo

Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse) -- foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a jornalistas, na saída da reunião, na sede da pasta, e depois detalhada pelo diretor brasileiro da usina.

Segundo Verri, o acordo foi fechado depois de muita resistência por parte dos paraguaios em aceitar a redução, já que eles defendiam uma tarifa ainda acima dos US$ 20. A Cuse considera despesas de exploração, empréstimos e financiamentos.

Também participaram da reunião, pelo lado brasileiro, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e da Gestão, Esther Dweck. O ministro Mauro Vieira, de Relações Exteriores, não esteve presente.

Os representantes paraguaios participaram por videoconferência direto da sede da Itaipu em Assunção, no Paraguai.

Foi a primeira reunião ocorrida com a presença dos novos conselheiros nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Conselho é composto por 12 conselheiros, seis do Brasil e seis do Paraguai.