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Consumidor some do mercado, mas vendas de carros crescem
Publicado em 04/05/2023 às 10h07
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A venda de carros e comerciais leves novos continua em ascensão. Mas são os frotistas, principalmente as locadoras, os maiores responsáveis pelo aquecimento desse mercado. O consumidor continua retraído. Por isso, a comparação com um ano atrás, quando faltavam peças, não serve de parâmetro para indicar a realidade do varejo no setor automotivo.

Em abril, a ausência do consumidor foi mais nítida nos comerciais leves. O varejo representou em torno de um terço das 33,5 mil unidades vendidas. Frotistas, sobretudo locadoras, foram responsáveis por 65% dos emplacamentos desses veículos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave).

Os números totais de vendas de comerciais leves, porém, revelam 25,64% de crescimento. No caso dos automóveis, 45,4% dos negócios foi venda direta.

Os primeiros meses de 2022 foram fracos para a indústria automobilística, que ainda enfrentava escassez de peças, principalmente semicondutores.

A situação levou as locadoras a adiar compras. Agora, com a produção normalizada, recorrem à compra diretamente das montadoras para repor os carros de uma frota que ficou envelhecida.

No quadrimestre, a chamada venda direta representou 46,99% dos 588,5 mil carros e comerciais leves comercializados. O número total, incluindo o varejo, representou crescimento de 15,17% na comparação com os primeiros quatro meses de 2022. Fiat, General Motors e Volkswagen foram, pela ordem, as marcas campeãs da venda direta. No varejo, Fiat e GM também ocupam os dois primeiros lugares. Mas no terceiro aparece a Toyota.

Com 160,6 mil unidades, a venda total de veículos, incluindo caminhões e ônibus, cresceu 9,14% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. No quadrimestre, foram 632,3 mil unidades, aumento de 14,38%.

O resultado é insuficiente para refletir uma recuperação, segundo o presidente da Fenabrave, Andreta Jr. "Apesar do aumento percentual de emplacamentos, isso não representa motivos de comemoração, no caso de automóveis, pois ainda estamos mais de 32% abaixo de 2019, período que antecedeu a crise provocada pela pandemia", afirma.

Andreta demonstra preocupação em relação às restrições ao crédito e alta dos juros. A Fenabrave projeta estagnação de vendas em automóveis em 2023.

No caso dos caminhões, a situação se complica à medida que a demanda se retraiu desde janeiro, quando os preços subiram em razão da inclusão de peças necessárias para os veículos atenderem às novas normas de emissões. Em abril, a venda de 7,2 mil unidades representou queda de 22,16% em relação ao mesmo mês de 2022.

Desde terça-feira, Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania reduziram a produção de caminhões e ônibus ao eliminar um dos dois turnos.

Em contraste com o quadro da indústria, as marcas importadas, principais responsáveis pelos carros de luxo vendidos no país, registram avanços expressivos.

A participação no mercado brasileiro ainda é pequena. Mas os 9,9 mil veículos dessas marcas vendidos no primeiro quadrimestre representaram alta de 83,9% na comparação com os primeiros quatro meses de 2022. O volume de abril representou avanço de 54,5%, segundo a Abeifa, a entidade que representa os importadores que, em maioria, não possuem fábricas no Brasil.

Esse setor também se queixa dos juros. "Embora 70% das nossas vendas aconteçam por meio de pagamento à vista, a restrição de crédito e as elevadas taxas de juros têm influenciado a decisão de compra", afirma João de Oliveira, presidente da Abeifa.

A chinesa Great Wall, novata no Brasil, iniciou a pré-venda de sua linha. Total de 1,4 mil unidades chegaram ao país para atender os clientes que fizeram a pré-reserva. Por meio do Mercado Livre, compradores de 500 cidades deram um sinal de R$ 9 mil (63% por meio de PIX) e vão receber os carros este mês. Os preços do Haval H6, híbrido que estreia no país, vão de R$ 214 e R$ 315 mil.
Fonte: Valor Econômico
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