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Chicago dispara, sobe mais de 10% e ajuda a movimentar mercado interno de soja
Publicado em 19/06/2023 às 08h52
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A semana foi mais movimentada na comercialização da soja brasileira. A disparada dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) ao menos sustentou os patamares internos e garantiu a melhora no ritmo dos negócios. As cotações internas só não subiram mais porque o dólar atingiu as mínimas do ano. Os prêmios cederam com o aumento da oferta.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 133,00 para R$ 131,00 na semana. Em Cascavel (PR), a cotação baixou de R$ 124,00 para R$ 121,00. Em Rondonópolis (MT), o preço seguiu em R$ 115,00. No Porto de Paranaguá, o preço caiu de R$ 135,00 para R$ 133,00.

O destaque da semana foi o comportamento das cotações futuras em Chicago. A posição novembro acumulou alta de 10,6% no período, atingindo a casa de US$ 13,31 ¾ o bushel, às 11h da sexta-feira. O mercado de clima finalmente se apresentou. Com os boletins indicando clima seco e temperaturas elevadas, fundos e especuladores voltaram à ponta compradora e impulsionaram as cotações.

Outro fator decisivo foi o comportamento do mercado financeiro. Com os Estados Unidos mantendo os juros inalterados, bolsas e petróleo -- e demais commodities -- subiram. O dólar recuou, favorecendo as exportações americanas.

No Brasil, o câmbio prejudicou o mercado e evitou a recuperação dos preços internos. A moeda americana caiu 1,04% na semana e atingiu as mínimas do ano. Às 11 da sexta, a moeda estava cotada a R$ 4,826.

USDA

O relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,510 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 122,74 milhões de toneladas, mesmo número apontado em maio. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre, sem alterações. O número ficou acima da previsão do mercado, que era de 4,505 bilhões de bushels.

Os estoques finais estão projetados em 350 milhões de bushels ou 9,12 milhões de toneladas, ante 335 milhões de bushels em maio. O mercado apostava em carryover de 336 milhões de bushels.

O USDA indicou esmagamento em 2,310 bilhões de bushels e exportação em 1,975 bilhões, sem alterações.

Para a temporada 2022/23, o USDA manteve a estimativa de produção em 4,276 bilhões de bushels, ou 116,38 milhões de toneladas. Os estoques finais foram estimados em 230 bilhões de bushels -- 6,27 milhões de toneladas, ante 215 bilhões de bushels em maio. O mercado projetava estoques de 223 bilhões de bushels.

O relatório projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 410,7 milhões de toneladas, ante 410,59 milhões em maio. Os estoques finais estão estimados em 123,34 milhões de toneladas, contra 122,5 milhões em maio, acima do esperado pelo mercado, de 121 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 122,74 milhões de toneladas, sem alterações. A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas, mesmo número de maio. Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas, sem alterações. A China deverá importar 100 milhões de toneladas.

Para a temporada 2022/23, o USDA estimou safra global de 369,57 milhões de toneladas, contra 370,42 milhões em maio. Os Estados Unidos têm estimativa de 116,38 milhões de toneladas. A safra do Brasil ficou projetada em 156 milhões e a da Argentina em 25 milhões de toneladas. O mercado apostava em 155,5 milhões para o Brasil e 24,3 milhões para a Argentina.

Os estoques globais estão estimados em 101,32 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 100,4 milhões de toneladas.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
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