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Economia

Preços do milho mudam pouco no Brasil, mas negócios seguem travados
Publicado em 18/08/2023 às 14h34
Foto Notícia
O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de leve declínio nos preços e de movimentação travada nos negócios. Conforme a SAFRAS Consultoria, a perspectiva de queda na safra norte-americana apontada na última semana pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos fez com que os produtores segurassem as fixações de venda do cereal. Ainda assim, esse país deve colher ainda uma boa safra de milho, o que mantém um viés de queda para os preços internacionais do cereal e, consequentemente, no cenário doméstico.

O andamento mais travado da colheita da safrinha de milho, com as chuvas nas últimas semanas em regiões produtoras como Paraná e São Paulo, bem como o fato de que a paridade de exportação do milho não estar recuando por enquanto, chegando nessa quinta-feira (17) ao patamar de R$ 62,00 para entrega em outubro, por conta do fator cambial, fez com que os produtores segurassem as fixações de venda do cereal. Segundo a SAFRAS Consultoria, os consumidores sinalizam um bom abastecimento de oferta para atender a demanda no curto prazo, o que contribuiu para que fossem pouco efetivos nas aquisições ao longo da semana.

Apesar das poucas mudanças no preço durante a semana, os consumidores podem tentar forçar uma nova queda nos preços do milho, uma vez que a safra norte-americana apresenta melhores condições de desenvolvimento. Já no Brasil há ainda bons volumes de milho a serem colhidos na safrinha, acrescidos de fatores como as dificuldades de logística e a falta de espaços nos armazéns, o que pode aumentar a disponibilidade de oferta interna.

Fatores como a questão cambial, com as votações de temas importantes como o Arcabouço Fiscal e a Reforma Tributária, assim como a alta no preço do diesel, devem seguir no radar do mercado de milho no curto prazo, o que pode novamente deixar os agentes de mercado cautelosos no que tange a negócios.

Preços internos

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 52,72, alta de 0,54% frente aos R$ 52,44 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, seguiu em R$ 52,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 55,00, inalterada frente à última semana. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 50,00, baixa de 1,96% frente aos R$ 50,00 praticados na semana passada.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca retrocedeu 2,38% ao longo da semana, de R$ 42,00 para R$ 41,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal indicou estabilidade, cotado a R$ 63,00 na venda.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 2,04%, de R$ 49,00 para R$ 50,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda se manteve em R$ 44,00.

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 770,308 milhões em agosto (9 dias úteis), com média diária de US$ 85,589 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 3,148 milhões de toneladas, com média de 349,825 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 244,70.

Em relação a agosto de 2022, houve baixa de 2,8% no valor médio diário da exportação, alta de 8,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 10,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Arno Baasch
Fonte: Safras & Mercado
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