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Quando será a próxima onda de calor? Especialistas respondem
Publicado em 23/11/2023 às 07h32
Foto Notícia
Nos últimos seis meses, quatro ondas de calor diferentes atingiram o Brasil. A última delas, em novembro, considerada a mais forte, foi responsável por registrar novos recordes de temperaturas em diversos estados do país. Mas, afinal, será que a próxima onda já tem data para estacionar sob o território?

Na interpretação do meteorologista Celso Oliveira, ainda é cedo para cravar uma data. No entanto, já é possível identificar que entre os dias 29 e 30 de novembro as temperaturas devem voltar a subir.

"Não com a mesma intensidade que observamos nas últimas semanas. Este é um impacto direto - e já esperado - do El Niño, principalmente no Sudeste. Este ano, sem dúvidas, tem sido mais acelerado", opina.

Oliveira explica que, a médio prazo, depois do calor projetado para a virada do mês, a expectativa é que as chuvas ganhem maior regularidade no decorrer de dezembro, amenizando as temperaturas até o fim da primavera, no dia 22 de dezembro.

"O verão, sim, será mais quente, inclusive com possibilidade de novas ondas de calor, principalmente no início da estação. Isso porque, além do Pacífico, todos os oceanos estão mais aquecidos. A tendência é aumentar a frequência e intensidade destes fenômenos", alerta Celso.

Alexandre Nascimento, da Nottus Meteorologia, lembra que o El Niño não é o único responsável pelas altas temperaturas. "O empilhamento do fenômeno, com o aquecimento global e o sistema de alta pressão, que já perdeu intensidade, favoreceu o clima atípico das últimas semanas."

Também chamado de bolha de calor, este sistema inibe a formação de chuvas e nuvens, bloqueando o deslocamento das frentes frias vindas do Sul para outras regiões do país.

"Ele segue em atuação até dezembro, com menos força, dando espaço para a presença de mais nuvens no céu e, consequentemente, temperaturas mais amenas".

Ainda assim, Nascimento concorda com Oliveira: a permanência do El Niño e os efeitos do aquecimento global abrem espaço para uma nova onda de calor se estabelecer.

Os especialistas afirmam que a expectativa é de clima mais ameno próximo ao final do verão, com novos picos de calor podendo chegar em janeiro e fevereiro. Estes, não necessariamente motivados por uma onda de calor.

"Utilizamos o termo quando temos, ao menos, cinco dias consecutivos com temperaturas 5°C acima da normalidade. É possível, sim, que aconteça em algumas regiões, mas não como vimos recentemente, de forma tão ampla", tranquiliza Alexandre.
Izabel Gimenez
Fonte: Globo Rural
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