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Preços da soja despencam em janeiro no Brasil e em Chicago, com ingresso da safra sul-americana
Publicado em 05/02/2024 às 09h10
Foto Notícia
Os preços da soja despencaram em janeiro no Brasil e na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) durante o mês de janeiro. Apesar dos problemas pontuais no Brasil, o ingresso de uma safra cheia da América do Sul no mercado e as incertezas em torno da demanda pesaram sobre as cotações.

A saca de 60 quilos baixou de R$ 137,00 para R$ 120,00 no mês passado, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço caiu de R$ 131,00 para R$ 109,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação recuou de R$ 140,00 para R$ 118,00. Em decorrência da queda, a comercialização perdeu ritmo, com os produtores priorizando a colheita.

No Porto de Paranaguá, a saca baixou de R$ 140,00 para R$ 118,00 em janeiro. Os prêmios cederam, devido ao cenário fundamental. A iminência da entrada de uma grande safra e a demanda enfraquecida por parte da China, diante do feriado do Ano Lunar se aproximando naquele país, pesaram.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março, os mais negociados, tiveram desvalorização de 5,8%, encerrando o mês a US$ 12,22 por bushel. Apesar de alguns repiques técnicos, o cenário fundamental predominou e pressionou as cotações futuras.

A colheita avança em ritmo adiantado no Brasil e a soja do maior produtor mundial aumenta a disponibilidade e pressiona as cotações. Apesar dos problemas com a falta de chuvas no Mato Grosso, o Brasil deverá colher, ao menos, 150 milhões de toneladas.

Soma-se à essa safra brasileira, uma produção cheia na Argentina. Depois de perder mais da metade da safra no ano passado, os produtores argentino deverão colher 52,5 milhões de toneladas, conforme dados divulgados pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na comparação com a safra anterior, seriam em torno de 30 milhões de toneladas a mais no mercado. Paraguai e Uruguai também deverão ter boas safras.

Em relação ao câmbio, janeiro foi de recuperação, com a moeda americana subindo 1,73%, a R$ 4,9358. O primeiro mês do ano marcou uma maior aversão ao risco no financeiro, propiciando essa valorização. Ainda assim, a moeda se manteve abaixo de R$ 5,00, pouco contribuindo para das movimentação ao mercado doméstico.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
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