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La Niña: probabilidade do fenômeno voltar em 2024 sobe para 75%; entenda
Publicado em 05/03/2024 às 09h27
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La Niña tem 75% de chance de impactar Safra 2024/25 --- Foto: NOAA/ Reprodução
O fenômeno climático La Niña tem 75% de chances de estar ativo já durante a safra 2024/25, que começa a partir de julho no Brasil. É o que apontam os dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), principal referência internacional de monitoramento dos fenômenos climáticos.

Neste início de março, o planeta continua sob efeitos do El Niño, que teve alta intensidade em 2023, mas caminha para a neutralidade entre abril e junho.

"O cenário deve mudar rapidamente nos próximos meses. Entre julho e agosto, podemos ter o início do La Niña, o que traz impactos extremamente importantes para o agronegócio brasileiro", afirma Willians Bini, meteorologista e Chief Climate Officer (CCO) da FieldPRO. Com isso, o inverno deste ano já deve ter interferência do fenômeno.

Bini lembra que o El Niño atual foi precedido por três anos consecutivos de La Niña, que provocaram secas históricas em lavouras de milho e soja na região Sul. A chegada do novo fenômeno acende o alerta para novas possíveis estiagens.

O que esperar para a próxima safra?

“Em primeiro lugar, chuvas irregulares. Até mesmo uma estiagem no Sul pode marcar a próxima safra”, diz o meteorologista. Na região Centro-Oeste, principalmente em Mato Grosso, o início das chuvas deve se atrasar, mas isso não significa uma “ausência de chuva”, e sim que o período úmido deve começar mais tarde.

"Isso pode prejudicar o início da safra de grãos", relata Bini.
Na região do Matopiba (confluência de divisas dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os modelos apontam chuva abundante para o período de La Niña. Depois de uma seca histórica em 2023, as chuvas regulares tendem a voltar à metade norte do Brasil.

O que é La Niña e quais seus efeitos sobre o Brasil?

O fenômeno La Niña se caracteriza pela queda de mais de 0,5?°C na temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico. Quando está ativo, costuma chover menos no Sul do Brasil — causando estiagem em muitos casos — e mais nas regiões Norte e Nordeste do país.

No Sudeste e no Centro-Oeste, não há uma correlação tão clara, mas aumentam as chances haver períodos frios e chuvosos.

 
Marcos Fantin
Fonte: Globo Rural
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