Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa nesta terça-feira (19) nas bolsas internacionais refletindo as perspectivas de chuvas nesse início de outono na maior região produtora do Brasil: o Centro-Sul, o que pode trazer, segundo os analistas, alguma recuperação para os canaviais no segundo semestre desse ano.
 
De acordo com Marcelo Filho, analista de inteligência de mercado da StoneX, ouvido pela Agência Reuters, “entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, as chuvas nos canaviais (do Centro-Sul do Brasil) ficaram 26% abaixo do normal, e são menores até que o volume da safra 2021/22, quando houve quebra na produção”.
 
“Parte da queda do açúcar pode ser explicada pela previsão de que o Centro-Sul deve receber chuva a partir da próxima semana. A confirmação desse cenário deve trazer algum alívio para as áreas que serão colhidas a partir de julho”, acrescentou Marcelo Filho.
 
Ainda segundo a análise do especialista da StoneX, “agentes de mercado precificaram a melhoria vista recentemente nas produções de Índia e Tailândia, onde as quebras serão menores que o esperado inicialmente”, o que também teria impactado o mercado ontem.
 
Nova York
 
Na ICE Futures de NY o açúcar bruto, demerara, foi contratado nesta terça-feira, lote maio/24, a 21,64 centavos de dólar por libra/peso, queda de 52 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela julho/24 caiu 46 pontos, contratada a 21,36 cts/lb. Os demais lotes caíram entre 1 e 38 pontos, com exceção das telas julho e outubro/26 que subiram 5 e 9 pontos, respectivamente.
 
Londres
 
Em Londres a terça-feira também foi de baixa, com todas as telas do açúcar branco fechando no vermelho. O lote maio/24 foi contratado ontem a US$ 619,90 a tonelada, desvalorização de 8,10 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela agosto/24 caiu 7,80 dólares, contratada a US$ 604,20 a tonelada. Os demais contratos caíram entre 3,90 e 6,90 dólares.
 
Mercado doméstico
 
No mercado interno a terça-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 144,01 contra R$ 144,42 de segunda-feira, queda de 0,28% no comparativo.
 
Etanol hidratado
 
Pelo sétimo dia consecutivo as cotações do etanol hidratado, medidas pelo Indicador Diário Paulínia, fecharam em alta. O biocombustível foi negociado pelas usinas ontem a R$ 2.246,50 o m³ contra R$ 2.240,50 o m³ da véspera, valorização de 0,27% no comparativo entre os dias.