União Nacional da Bioenergia

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Cana-de-açúcar

ACP Bioenergia levanta mais R$ 150 milhões para bancar expansão
Recurso vai apoiar plantio de mais 16 mil hectares de cana pela empresa este ano
Publicado em 25/03/2024 às 08h16
Foto Notícia
A ACP Bioenergia, empresa agrícola que cultiva cana e grãos, fez sua quinta captação no mercado de capitais para financiar mais um ciclo de expansão. A companhia levantou R$ 150 milhões com uma emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), montante que deverá apoiar o plantio de mais 16 mil hectares de cana neste ano nos quatro Estados onde faz o cultivo.

Com esse aumento, a área de produção de cana e grãos da companhia no Brasil deverá chegar aos 100 mil hectares. Essa marca a coloca entre uma das dez maiores empresas agrícolas do país, segundo Caio Marchini, gerente sênior de relações com investidores da ACP. A empresa é controlada pelos irmãos Cândido de Paula e tem o empresário Dimitrios Markakis como minoritário.

Os recursos captados com o CRA garantirão o plantio de 11 mil hectares dos 16 mil hectares planejados para este ano.

O custo de formação das lavouras de cana da ACP está em R$ 13,5 mil por hectare, o que Marchini considera um valor “bem competitivo”. Segundo fontes do mercado, esse custo está em média no setor em R$ 16 mil o hectare. Parte das novas lavouras será plantada em áreas que hoje são pastos degradadas, o que demanda mais recursos.

Caio Marchini, da ACP, vê custo de formação das lavouras em um valor “bem competitivo” — Foto: Divulgação

A oferta adicional de cana deverá atender às demandas das usinas com as quais a ACP já tem contrato há anos — Atvos, BP Bunge Bioenergia, Cerradão e Grupo Carlos Lyra — e à Raízen, com a qual fechou contrato há três meses.

Neste ano, a ACP deve plantar uma área “pequena” para atender a Usina Lagoa da Prata, em Minas Gerais, que era da Biosev e passou à Raízen em 2021. No próximo ano, o plano é expandir essa área para 2,5 mil hectares. Na maturidade do contrato, a área dedicada à Raízen deve chegar a 10 mil hectares.

Dos 100 mil hectares da ACP, 74 mil hectares serão cultivados com cana em áreas de São Paulo, Minas, Goiás e Mato Grosso do Sul e o restante com grãos em Tocantins. A empresa estima colher 5,1 milhões de toneladas de cana, 1 milhão de sacas de soja e 750 mil de milho.

Apesar dos baixos preços dos grãos, Marchini afirma que a empresa espera ampliar seu faturamento em cerca de 40%, de R$ 700 milhões em 2023 para R$ 1 bilhão neste ano.

Nesta última emissão de CRA, Marchini considera que a ACP conseguiu realizar uma captação com custo competitivo. A operação foi feita em duas séries: a primeira ao CDI+3,8%, e a segunda a uma taxa de 14,5%. A operação contou com securitização da True Securitizadora e apoio da XP e do Santander.
Por Camila Souza Ramos --- São Paulo
Fonte: Globo Rural
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