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Diversas

Ultrapar negocia fatia de Hidrovias do Brasil
Publicado em 25/03/2024 às 08h39
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A Ultrapar anunciou ontem uma operação que poder levar à compra de 16,88% de participação na Hidrovias do Brasil, um negócio de R$ 500 milhões, considerando o preço das ações da companhia a R$ 3,98. Com essa transação, a companhia passaria a ter 27% do negócio, tornando-se o maior acionista de referência da empresa.

O negócio ainda depende de aprovação em assembleia, uma vez que a oferta de compra de ações da Hidrovias do Brasil faz disparar a cláusula de “poison pill”, mecanismo que protege ofertas hostis. No caso da empresa de logística, quando a proposta supera 20% de fatia da companhia.

A holding já tinha investimento na Hidrovias do Brasil - 4,99% por meio de compra de ações na bolsa e outros 4,99% por meio de uma operação conhecida no mercado como Total Return Swap (TRS, na sigla em inglês) - em uma estratégia que reforça sua vocação de alocação de capital em negócios que considera relevante. O Ultra também busca ativos com exposição no agronegócio.

A aquisição da fatia de 17% se dará de duas formas. O Ultra, dono da rede de postos de combustíveis Ipiranga, Ultracargo e Ultragaz, comprou 13% que pertenciam ao Pátria Investimentos e outros 4% do fundo Temasek, de Cingapura. Tanto o Pátria como o Temasek já estão em processo de desinvestimento desse ativo.

No caso do Pátria, a gestora está vendendo suas ações porque está em processo de liquidação do seu fundo 2. A gestora ainda vai ficar com 10%, que está alocado no fundo 4. Se concluída a venda, Pátria deixará de ser o acionista de referência da Hidrovias do Brasil, um conjunto de ativos consolidado pela gestora há mais de dez anos. A gestora tinha 23% de participação.

As negociações entre a Ultrapar e os fundos começaram em fevereiro e não teve bancos envolvidos. O Ultra já estava avaliando ativos de hidrovias antes de conversar com as gestoras, dizem fontes.

Como novo acionista de referência da empresa de logística, a companhia incorpora um pouco do DNA de Marcos Lutz, CEO e sócio minoritário da Ultrapar. Lutz, que voltou ao Ultra como membro do conselho de administração em 2021, assumiu o dia a dia do negócio no ano seguinte, mas deverá ir para a presidência do conselho do grupo em 2025.

O executivo ajudou a conduzir o processo de transformação do grupo Cosan, que originalmente era produtor de açúcar e etanol e depois virou uma companhia de infraestrutura.

Com passagens na CSN e na própria Ultrapar, como executivo da Ultracargo -, Lutz é visto como “sangue novo” que a companhia fundada pela família Igel estava precisando para conduzir os negócios.

O executivo voltou para o conglomerado pelas mãos do Pátria, que também é acionista minoritário da holding.

A estratégia da Ultrapar também será analisar ativos que façam sentido à companhia, buscando ativos que possam compor os negócios da empresa, mesmo que o grupo não seja o controlador do negócio. Nesse sentido, a empresa também avalia negócios que tenham exposição ao agronegócio, setor em crescimento no país.

A expectativa é de que o negócio entre as empresas seja aprovado em assembleia. A holding do grupo Ultra tem interesse de aumentar participação para 40% do negócio. O ativo entrará no balanço da companhia como equivalência patrimonial, quando concretizada a operação.
 
Fonte: Valor Econômico
Extraído do Clipping da SCA
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