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Diversas

Preço da soja sobe no Brasil, com aumento na demanda e alta do dólar
Prêmios de exportação se mantêm positivos nos terminais portuários brasileiros
Publicado em 16/04/2024 às 08h20
Foto Notícia
O preço da soja subiu na semana passada no mercado brasileiro, sob influência da valorização da taxa de câmbio e do aquecimento da demanda. Em Paranaguá (PR), o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) subiu 1,28% na última sexta-feira (12/4) e chegou a R$ 127,24. Na parcial do mês, a alta é de 2,58% na referência com base no terminal paranaense.

Em nota, nesta segunda-feira (15/4), os pesquisadores do Cepea informam que a maior demanda, principalmente do mercado externo, estimulou os negócios no Brasil na semana passada. E os prêmios nos terminais portuários voltaram a ficar positivos depois de oito meses de deságio.

Levantamento do Sim Consult aponta estabilidade para a entrega de soja em maio e diferencial positivo de US$ 0,07 por bushel para julho, em relação ao contrato de mesmo vencimento na Bolsa de Chicago. Para agosto, o prêmio é positivo em US$ 0,30 sobre o valor do mesmo contrato na bolsa.

“A valorização do dólar frente ao real deixou as commodities brasileiras mais atrativas aos importadores. Nesse contexto, os preços da soja em grão subiram no mercado doméstico” destacam os pesquisadores do Cepea.

A referência da instituição com base nos negócios no Estado do Paraná atingiu R$ 121,39 a saca de 60 quilos na sexta-feira. Em comparação com o dia anterior, a alta foi de 0,26%. Na parcial do mês, aumentou 1,49%.

Na sexta-feira, os preços na bolsa de Chicago também ajudaram a dar impulso às cotações internas. O contrato subiu US$ 0,14, cotado a US$ 11,74 por bushel, mesma variação dos lotes para julho, que encerraram a sessão a US$ 11,86. Na semana, no entanto, o grão acumulou baixa de 0,84% e, na parcial do mês, de 1,53%, de acordo com o levantamento do Valor Data, com referência no contrato de segunda posição no painel da bolsa, atualmente, julho de 2024.

No mesmo dia, o dólar subiu no Brasil, acompanhando um movimento global de valorização da moeda americana, em meio à, até então, ameaça de ataque do Irã a Israel. O câmbio comercial fechou a R$ 5,12, alta de 0,61%, depois de variar de R$ 5,10 a R$ 5,14 ao longo da sessão. O Dólar Index, que relaciona a divisa a uma cesta de moedas, subiu 0,7%.

“A forte valorização da moeda americana, somada a à recuperação das cotações da oleaginosa na CBOT agitou o mercado brasileiro, com preços da soja subindo mais de R$ 2 a saca no interior do país”, ressalta a consultoria Agrifatto, em boletim.

A semana começou com o mercado agrícola em compasso de espera de novas definições a respeito do conflito no Oriente Médio. No sábado, o Irã atacou Israel, colocando mais uma vez o mundo em alerta para o que pode acontecer na região, caso haja uma escalada nas tensões. Uma das possibilidades consideradas por analistas é a de uma alta nos preços do petróleo, com efeito sobre outras commodities, inclusive as agrícolas.

“Provavelmente, o primeiro impacto deve ser o do petróleo, que reflete nas commodities. O ambiente mudou por favores externos aos grãos que, provavelmente, devem influenciar neste começo de semana”, pontua o consultor de mercado Vlamir Brandalizze.

Neste cenário, o produtor brasileiro deve ficar atento, opina Brandalizze. A alta do dólar e das cotações na bolsa de Chicago significa uma reação positiva de dois dos principais componentes de formação do preço interno. Mas, de outro lado, a elevação da taxa de câmbio tende a encarecer os insumos, como fertilizantes e defensivos, o que pressiona os custos de produção.
Por Raphael Salomão --- São Paulo
Fonte: Globo Rural
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