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Diversas

Por que portos de grãos do Brasil estão perto do limite, segundo banco holandês
Para o Rabobank, limitação da infraestrutura logística exigirá aumento de capacidade de processamento de milho e soja no país
Publicado em 22/04/2024 às 08h27
Foto Notícia
O volume das exportações brasileiras de soja e milho deverá ultrapassar a capacidade dos portos do país até 2027, segundo avaliação que o Rabobank apresenta no relatório “A infraestrutura do Brasil pode lidar com a produção crescente de grãos e oleaginosas?”

Atualmente, a capacidade de embarque dos portos brasileiros é de 178 milhões de toneladas. Mas, de acordo com a instituição, os investimentos que estão previstos para os próximos dois anos deverão adicionar apenas 15 milhões de toneladas ao potencial de escoamento dos terminais.

Para o banco holandês, essa expansão será insuficiente para dar conta do aumento da oferta de soja e milho no Brasil. O Rabobank calcula que, entre 2023 e 2030, a área de soja no país deverá crescer 3,5% ao ano. Com isso, projeta o banco, a produção da oleaginosa subirá de 159 milhões para 206 milhões até o fim da década.

No caso do milho, a colheita subirá de 123 milhões de toneladas para 180 milhões até a safra 2029/30, estima o Rabobank. A expansão da safrinha puxará o aumento da produção do cereal.

Capacidade de processamento

Com o crescimento da colheita de grãos e as limitações da infraestrutura portuária, o país terá que investir no aumento de capacidade de processamento de milho e soja, avalia o banco. “O Brasil pode não ser capaz de exportar toda a crescente produção de grãos e oleaginosas devido à falta de investimento em infraestrutura e ainda a restrições (...) como o nova lei antidesmatamento da União Europeia”, destaca o Rabobank no relatório.

O banco holandês avalia que uma das consequências do baixo investimento em estrutura logística, em um cenário de aumento da produção nacional de grãos, será a contínua elevação dos custos de frete. O relatório diz ainda que cada vez mais os recursos para investimento em armazenagem sairão do bolso dos produtores. Historicamente, indústrias e cooperativas têm concentrado os aportes em armazéns de grãos no país.
 
Por Paulo Santos --- São Paulo
Fonte: Globo Rural
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