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Diversas

Portos do Arco Norte responderam por 36,8% da saída de grãos do país em 2023
Exportações brasileiras de soja e milho avançaram 26,7% em relação ao ano anterior
Publicado em 23/04/2024 às 14h08
Foto Notícia
As exportações brasileiras de soja e milho alcançaram 180,4 milhões de toneladas em 2023, com avanço de 26,7% em relação ao ano anterior. Desse total, 36,8% saíram pelos portos do Arco Norte e o restante pelos portos do Sul do país, informa o Anuário Agrologístico 2024, publicação divulgada nesta terça-feira (23/4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Entre os portos do Arco Norte, o destaque do ano ficou com Itaqui (MA), com 20,3 milhões de toneladas e 11,3% do total escoado pelo país; seguido por Barcarena (PA), com 19,1 milhões de 10,6% do total das vendas de soja e milho nacionais.

“Há um crescimento constante na movimentação pelo Arco Norte, que acompanha o aumento da produção do Norte de Mato Grosso e do Matopiba”, disse o superintendente de logística operacional da Conab, Thomé Guth, em evento online. Segundo ele, nos últimos cinco anos, o volume de soja exportada por Itaqui cresceu 59,2% e, por Barcarena, 90%.

Apesar disso, eles perderam espaço em 2023 sobretudo por questões de navegabilidade de hidrovias do Norte do país, face à forte seca. Outro fator foi o significativo incremento na produção de soja e milho da Região Sul, na ordem de 63,6% e 15,5%, respectivamente, em relação à 2022, estimulando embarques pelos portos de Rio Grande (RS) e São Francisco do Sul (SC), diz a Conab. Em 2022, o Arco Norte foi responsável por 40,3% do escoamento de soja e milho.

O boletim também destaca que o porto de Santos continua sendo o maior corredor logístico de saída do país, com 61,4 milhões de toneladas de soja e milho movimentados em 2023, o que representou 34% das vendas.

Modais

Entre os modais logísticos internos, o boletim da Conab mostra que o uso de hidrovias tem crescido, mas ainda as rodovias representavam 45% do total utilizado em 2023, um crescimento de 11 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Neste caso, novamente, a seca prejudicou o avanço das vias fluviais como alternativa.

Ainda assim, Guth destaca que o modal hidroviário saiu da movimentação de 3,4 milhões de toneladas de soja e milho em 2010 para 30 milhões de toneladas em 2023. Em termos percentuais, este modal, que representava 8% em 2010, chegou a 23% em 2022 e 19% em 2023.

De acordo com a empresa pública federal Infra S.A., os pedidos para autorização de instalações portuárias privadas após a promulgação da Lei dos Portos saltou de três em 2013 para 75 em 2014. Já a partir de 2015 essas solicitações por ano aumentaram em cerca de quatro vezes se comparadas com o período anterior da nova legislação. Atualmente, o país conta com 253 Terminais de Uso Privado (TUPs) e 247 Terminais Públicos.

Importações

Na ponta importadora, houve uma queda de 18,6% na compra de fertilizantes no ano passado, em relação a 2022, para 34,6 milhões de toneladas. Vale lembrar que em 2022, a guerra entre Ucrânia e a Rússia assustou os produtores, que compraram um volume recorde e antecipadamente com medo da falta dos insumos.

Mas entre 2019 e 2023, houve um incremento de 22,9% no total de fertilizantes recebidos pelo país, com crescimento das importações pelo Arco Norte. Segundo a Conab, 20% das compras no ano passado entraram por Itaqui, Santarém, Salvador (BA), Barcarena, Itacoatiara (AM), Maceió (AL), Recife (PE) e Aracaju (SE).

Frete interno

Por fim, o anuário da autarquia mostra que internamente o valor do frete rodoviário cresceu entre 2022 e 2023 nas principais rotas, com variação entre 11,25% e 100%.

O maior valor de frete foi registrado na rota de Sorriso (MT) a Santos, em setembro, chegando a R$ 530 a tonelada, enquanto a rota de Pedro Afonso (TO) a Palmeirante (TO), no mês de janeiro, foi a que atingiu um frete de menor valor, R$ 50 a tonelada.
 
Por Fernanda Pressinott --- São Paulo
Fonte: Globo Rural
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