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A VLI atingiu seu recorde de movimentação de açúcar na safra de 2023/24, que teve fim em março, com 6,1 milhões de toneladas transportadas. O volume representou 17,3% do volume de açúcar exportado pelo Brasil no período.

Em relação à safra anterior, o volume foi 24% maior. Além disso, o volume de açúcar movimentado pela VLI em seu terminal no Porto de Santos, o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), cresceu 28% na safra, para 5,1 milhões de toneladas.

O crescimento refletiu o forte aumento da produção brasileira de açúcar na safra passada e os investimentos realizados pela VLI em parceria com a companhia francesa Tereos em infraestrutura para escoamento da commodity no Brasil há quatro anos. Do volume movimentado pela VLI em ferrovias, 1,1 milhão de toneladas foram da Tereos, um aumento de 7%.

As duas empresas mantêm uma parceria de expansão no modelo de “coinvestimentos”, com a “instalação de armazenagem nos ativos da transportadora, proporcionando giro e aumento da capacidade”, explica Carolina Hernandez, diretora comercial da operadora logística.

Em 2020, VLI e Tereos inauguraram dois armazéns de açúcar, no Tiplam e no Terminal Integrador de Guará (SP), com capacidade para armazenar 115 mil e 160 mil toneladas de açúcar bruto, respectivamente. Segundo o diretor de operações do corredor Sudeste da VLI, Nicolas Swazko, os números mostram a importância dos terminais privados no Porto de Santos.

Com a parceria, a Tereos assegura espaço nas vias operadas pela VLI. “O transporte eficiente de nosso produto é fundamental para a otimização dos resultados do nosso negócio”, diz Gustavo Segantini, diretor comercial da Tereos.

Apesar da perspectiva de quebra na safra de cana no Centro-Sul, a Tereos espera manter o volume de produção de açúcar entre 1,9 milhão e 2 milhões de toneladas.

No último ano, a empresa processou 21,2 milhões de toneladas de cana, volume próximo de sua capacidade instalada de 21,5 milhões de toneladas por safra.

Para sua operação com produtos agrícolas, a VLI se prepara para um desafio no transporte de grãos. O receio é com a postura retraída dos produtores, que estão armazenando sua produção à espera de preços mais altos. Segundo Hernandez, preocupa que um grande volume tenha que ser transportado em um mesmo momento, além de uma possível alta do frete.