Os contratos futuros do açúcar fecharam valorizados nas bolsas internacionais nesta quarta-feira (6), revertendo as duas quedas anteriores. Parte da valorização se deu, segundo analistas ouvidos pela Reuters, pela valorização do real brasileiro e a perspectiva de chuvas mais intensas na principal região produtora do Brasil, maior produtor e exportador da commodity do mundo.
Outro tema muito discutido ontem foram os números apresentados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) que apontam para uma exportação recorde de açúcar nos 10 primeiros meses de 2024, superando a marca de 2023.
Segundo nota da Argus, “as proibições para vendas externas adotadas pela Índia, segundo produtor mundial atrás do Brasil, trouxeram também mais demanda para as usinas do país sul-americano, que detém cerca de 70% das exportações globais do açúcar bruto”.
“Além disso, a Indonésia elevou as compras e passou a ser o maior destino do produto brasileiro, superando a China, de acordo com dados do governo brasileiro até setembro. Egito e Emirados Árabes Unidos também ampliaram as compras no Brasil”, trouxe a Reuters.
No mês de outubro o Brasil exportou 3,73 milhões de toneladas, aumento de quase 1 milhão de toneladas na comparação com o mesmo mês do ano passado. “O volume do mês passado elevou o total acumulado de janeiro a outubro para 32,14 milhões de toneladas, o que supera as 31,3 milhões de toneladas da exportação de açúcar pelo Brasil em todo o ano de 2023”, segundo dados oficiais da Secex.
Nova York
O açúcar bruto, lote março/25, foi contratado ontem na ICE Futures de Nova York, a 22,03 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 13 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela maio/25 subiu 15 pontos, contratada a 20,46 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 14 e 34 pontos.
Londres
Na ICE Futures Europe, de Londres, o contrato dezembro/24 do açúcar branco foi comercializado a US$ 555,80 a tonelada, desvalorização de 10 cents de dólar no comparativo com a véspera. Todas as outras telas fecharam valorizadas. O contrato maio/25 subiu 1,70 dólar, comercializado a US$ 568,20 a tonelada. As demais telas subiram entre 2,80 e 6,90 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a quarta-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 165,83 contra R$ 165,87 de terça-feira, desvalorização de 0,02% no comparativo.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado voltou a subir ontem. O biocombustível foi comercializado nesta quarta-feira pelo Indicador Diário Paulínia a R$ 2.703,50 o m³, contra R$ 2.698,00 o m³ praticado na véspera, alta de 0,20% no comparativo.