União Nacional da Bioenergia

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Safra 2024/25: Mato Grosso registra maior crescimento na produção de etanol do país e atinge volume recorde de 6,70 bilhões de litros
Segundo levantamento da Bioind-MT, com elaboração do IMEA, estado ultrapassa Goiás e consolida segunda posição no ranking nacional
Publicado em 05/05/2025 às 08h30
Foto Notícia
O estado de Mato Grosso alcançou um novo patamar na produção de etanol ao registrar 6,70 bilhões de litros na safra 2024/25, um crescimento de 17,09% em relação ao ciclo anterior. O dado faz parte do relatório de encerramento da safra elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) a pedido da Bioind-MT (Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso). Os resultados mostram que o estado se consolida como o segundo maior produtor nacional, atrás apenas de São Paulo.

Com esse desempenho, Mato Grosso superou o crescimento da média brasileira, que foi de 3,65% no período. Entre os cinco maiores estados produtores, o avanço mato-grossense foi o mais expressivo, à frente de Mato Grosso do Sul (+8,67%) e Goiás (+2,63%). São Paulo, continua líder no ranking, mas teve queda de 1,79% na produção, um marco de 13,64 bilhões de litros.

A média mensal de produção no estado ultrapassou 500 mil metros cúbicos, com 33,45% de etanol anidro e 66,55% de hidratado. “Mato Grosso é hoje o principal motor de expansão da bioenergia no Brasil. O estado cresce com base em inovação, eficiência e sustentabilidade”, destaca Giuseppe Lobo, diretor executivo da Bioind-MT.

Etanol de milho lidera o crescimento

O principal impulsionador da expansão foi o etanol de milho, cuja cadeia produtiva segue em rápida evolução. A moagem do grão cresceu 23,65%, passando de 10,11 milhões para 12,50 milhões de toneladas. Esse avanço elevou a produção de etanol de milho para 5,62 milhões de m³ (+23,77%). Também houve crescimento significativo nos coprodutos dessa cadeia: a produção de DDG/DDGS saltou de 2,12 para 2,72 milhões de toneladas, alta de 28,28% e a produção de óleo de milho subiu de 198,20 mil para 257,50 mil toneladas, com variação positiva de 29,92%.

A produção de etanol a partir da cana-de-açúcar teve retração. A moagem recuou 2,37%, totalizando 17,26 milhões de toneladas, e a produção de etanol caiu 8,63%, chegando a 1,08 milhão de m³. Por outro lado, a produção de açúcar oriundo da cana aumentou 6,21%, passando de 537,70 mil para 571,12 mil toneladas. “A indústria de etanol de milho tem demonstrado consistência em sua trajetória de expansão, integrando-se ao agro mato-grossense com ganhos em escala, tecnologia e sustentabilidade”, afirma Lobo.

Expectativas para 2025/26 e perspectivas futuras

Para a próxima safra, os dados da Bioind-MT e do IMEA indicam que a moagem de milho deverá subir para 13,3 milhões de toneladas (+6,53%) e a produção de etanol de milho poderá alcançar 5,98 milhões de m³ (+6,32%). Também são previstas altas de 6,70% na produção de DDG/DDGS e 1,97% na produção de óleo de milho.

No caso da cana, espera-se estabilidade na moagem (+0,12%) e aumento de 4,25% na produção de açúcar, mesmo com recuo de 2,10% na produção de etanol de cana.
Em uma visão de longo prazo, mantido o ritmo atual, a moagem de milho no estado pode ultrapassar 80 milhões de toneladas em dez anos, com produção de etanol acima de 14 milhões de m³, consolidando a vocação energética do estado.

“Estamos diante de uma trajetória consistente de crescimento e diversificação. O setor de bioenergia em Mato Grosso está preparado para ampliar sua contribuição à transição energética brasileira e ao desenvolvimento sustentável”, finaliza Giuseppe Lobo.

Sobre a BIOIND MT  

A BIOIND MT representa 12 indústrias de bioenergia de Mato Grosso, atuando na produção de açúcar, etanol, biogás, biometano e energia de biomassa. Fundada em 1985, tem como missão fortalecer a competitividade do setor com responsabilidade ambiental, social e econômica. A entidade promove políticas de investimento, acompanha dados de mercado e incentiva o crescimento sustentável da bioindústria. O Brasil é um dos maiores produtores de etanol e seu uso pode reduzir em até 61% as emissões de gases de efeito estufa.    
Fonte: BIOIND - Indústrias de Bionergia de Mato Grosso
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