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Novas perspectivas para a safra 2025/26 de cana-de-açúcar do Brasil são apresentadas na 18ª edição da CITI ISO DATAGRO NY Sugar & Ethanol Conference
Evento técnico oficial do Sugar Dinner acontece nesta quarta-feira (14), em Nova York, nos Estados Unidos
Publicado em 15/05/2025 às 10h33
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A queda de 33,0% no processamento de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil em abril – primeiro mês oficial da safra 2025/26 –, para 34,26 milhões de toneladas, levantou preocupações no mercado mundial de açúcar e etanol quanto ao real tamanho da nova temporada brasileira.

No entanto, explica Plinio Nastari, presidente da DATAGRO, esse movimento foi natural, uma vez que o bom regime de chuvas registrado no mês passado – 52,4% acima da média histórica – levou muitas usinas a postergarem o início da moagem e também ajudou a construir a nova temporada, dando mais tempo para os canaviais se desenvolverem.

"Houve atraso no início da colheita, seguido de interrupções na moagem devido às chuvas. Entretanto, as precipitações registradas em abril foram de extrema importância para os canaviais, tanto para as áreas a serem colhidas quanto para os plantios realizados", afirma Nastari.

A declaração foi dada na 18ª edição da CITI ISO DATAGRO NY Sugar & Ethanol Conference, evento técnico oficial do NY Sugar Dinner, que acontece nesta quarta-feira (14), em Nova York, nos Estados Unidos.

De acordo com dados apresentados por Nastari, a precipitação acumulada entre outubro de 2024 e abril de 2025 no Centro-Sul do Brasil somou 1.283 mm, ante 923 mm no mesmo período de 2023/24. Individualmente nesses meses, as precipitações ficaram acima da média em outubro (+20,7%), novembro (+64,8%), dezembro (+23,8%) e abril (+52,4%); e abaixo em janeiro (-13,8%), fevereiro (-24,4%) e março (-27,7%).

Diante desse cenário, prossegue o presidente da DATAGRO, a produtividade agrícola da cana no Centro-Sul do Brasil deve se recuperar a partir de agosto, garantindo uma boa produção.

"As áreas do primeiro terço permanecem bem abaixo em estande e desenvolvimento. Por outro lado, as condições dos canaviais do segundo e terceiro terço da safra apresentam ganhos de tonelagem melhores do que nos últimos meses, segundo nossa avaliação biométrica", afirma.

A projeção da DATAGRO para a moagem de cana-de-açúcar no total da safra 2025/26 está em 607,59 milhões de toneladas, volume levemente abaixo da projeção anterior (612,00 milhões de toneladas), divulgada na 9ª edição do DATAGRO Abertura de Safra Cana Açúcar e Etanol, e do montante processado na temporada passada (621,88 milhões de toneladas).

"No fim, processaremos praticamente o mesmo volume de cana em 2024/25 e em 2025/26, tendo em vista que esse ano temos cerca de 8 milhões de toneladas de cana bisada e, no ano passado, tivemos 23 milhões de toneladas de cana bisada", pontua Nastari.

A DATAGRO projeta a produção de açúcar na safra 2025/26 em 42,04 milhões de toneladas, alta de 5,9% ante o ciclo anterior. A produção de etanol, por outro lado, deverá cair 0,2%, para 34,53 bilhões de litros, sendo 12,76 bilhões de litros de anidro (+3,2%) e 21,77 bilhões de litros do biocombustível hidratado (-2,2%). O mix açucareiro deverá ficar em 51,5%.

Déficit global de açúcar na safra 2024/25

Prosseguindo sua apresentação, Plinio Nastari divulgou as projeções da consultoria para a produção de açúcar de importantes players globais como Índia, Tailândia e União Europeia, e as estimativas para os principais mercados consumidores da commodity.

Como resultado, a DATAGRO aponta para um déficit global de 4,67 milhões de toneladas no balanço mundial de açúcar na safra 2024/25 – de outubro a setembro –; para a temporada 2025/26, a estimativa da consultoria é de um superávit de 1,53 milhões de toneladas.
Fonte: DATAGRO
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