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Argentina elevou em 17% receita com exportações do agronegócio em maio
Publicado em 03/06/2025 às 08h58
Foto Notícia
O setor agroexportador da Argentina registrou uma receita de US$ 3,05 bilhões em maio, segundo a Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) e o Centro de Exportadores de Grãos (CEC), entidades que representam 48% das exportações gerais do país.

O valor é 17% maior que o do mesmo mês em 2024 e 21% no comparativo com abril. O acumulado do ano apresenta um crescimento de 29% na receita das empresas em relação ao mesmo período de 2024.

Segundo as entidades, isso é resultado do avanço da colheita de soja e da continuidade da redução das alíquotas de imposto de exportação, impulsionada pelo Decreto 38/25. “Essas condições incentivaram maior liquidação em moeda estrangeira pelas empresas exportadoras, que representam 48% do total exportado pelo país”, diz texto da Ciara-CEC.

A entrada mensal de moeda estrangeira, convertida em pesos, é o mecanismo que permite às empresas da Argentina continuarem comprando grãos dos produtores ao melhor preço possível. A liquidação da moeda estrangeira está principalmente relacionada à compra de grãos que serão posteriormente exportados, seja em seu estado original ou como produtos processados ​​após o processamento industrial.

Na Argentina, a maior parte da entrada de moeda estrangeira neste setor ocorre bem antes das exportações, variando de 30 dias no caso das vendas de grãos a 90 dias no caso das exportações de óleo e farelo proteico. Essa antecipação também depende da época da safra e do grão em questão, portanto, não há atrasos na liquidação da moeda estrangeira.

“Apesar da variações que podem ocorrer, os dados de maio confirmam uma tendência positiva do comércio agroindustrial argentino no contexto de melhora dos preços internacionais e das condições competitivas do país”, dizem as entidades.

Retenciones

Na última quarta-feira, durante reunião em Córdoba, com a presença do presidente da Bolsa de Valores local, Manuel Tagle, o Ministro da Economia, Luis Caputo, detalhou o futuro das retenciones (imposto de exportação) após 30 de junho. Caputo confirmou que a redução da taxa continuará a partir de julho, embora tenha esclarecido que essa medida não se aplicará às chamadas culturas "grosseiras", como soja, milho, girassol e sorgo.

O ministro também observou que a eliminação só poderá ocorrer em um ano. "Se quiséssemos eliminar imediatamente as retenciones agrícolas, precisaríamos de financiamento para superar esse período, porque não é verdade que mais receita é arrecadada no dia seguinte. Pelo contrário, menos receita é arrecadada e, se isso acontecer, a sustentabilidade da âncora fiscal fica em questão", argumentou Caputo durante sua apresentação.

O complexo oleaginoso e de cereais, incluindo bicombustíveis e seus derivados, foi responsável por 45% das exportações argentinas em 2024, segundo o Indec, instituto de estatísticas do país, semelhante ao IBGE.
Fernanda Pressinott
Fonte: Globo Rural
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