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O CEO da Raízen, Ricardo Mussa, disse, nesta terça-feira (27), segundo dia da 20a. Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, que a compra de Certificados de Créditos de Descarbonização (CBios) pelas distribuidoras de combustíveis - parte obrigada a adquirir, de acordo com a lei do RenovaBio - ficou encavalada em um curto intervalo de tempo, o que vem se refletindo na valorização do título, gerando certa distorção de preço. Realizado no formato online, o evento acontece até a próxima sexta-feira (30), combinando palestras e feira virtual.

Entretanto, segundo o executivo, a despeito deste momento aquecido de negociações, teremos neste ano ano mais oferta do que demanda de CBios. "Vivemos as dores do início de um novo mercado, com o tempo os ajustes vão ocorrendo, fazendo com que o funcionamento flua de modo natural."

O presidente do grupo Ipiranga, Marcelo Araújo, expressou análise semelhante. "Com o tempo, os CBios irão se consolidar como um instrumento de mercado indutor da produção de biocombustíveis em um processo, que levará ao aumento natural das metas, criando um ciclo que se retroalimenta."

No que diz respeito à venda direta de etanol pelas usinas ao postos, ambos os executivos afirmaram que não são contra, mas ressalvaram que a possibilidade, indicam estudos, geraria distorções tributárias inexistentes hoje no mercado.