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Diversas

Operação da Coplacana com soja mostra que plantio já não depende tanto da cana
Publicado em 14/05/2021 às 15h39
Foto Notícia
Os anos seguidos de ganhos com a soja não somente estão mudando a paisagem dos campos paulistas, como também a forma de trabalhar com a cana-de-açúcar. O aumento da área com o grão já não leva tanto em conta a performance positiva da cana.

A Coplacana, cooperativa sediada de Piracicaba, já nota que há cada vez mais a intenção de plantar o grão, coisa que tradicionalmente sempre aconteceu -- mais ainda com o amendoim -, se o produtor renovasse os canaviais.

Ele tirava a lavoura velha, bem lá no topo da velhice meio na marra -- já que a produtividade baixa não compensava mais -, plantava a soja no ciclo curto de verão, e depois voltava com a cana, uma operação custosa.

"Temos ouvido de cooperados que muitos vão acabar fazendo até 30% de soja e 70% de cana", diz Pedro Schactae, gerente de originação da cooperativa.

As máximas conseguidas nas cotações e a explosão da demanda chinesa compensam a renovação nos prazos indicados para a cultura.

Nova unidade

Nas regiões que não são propícias para cana, como o Sudoeste, por exemplo, as informações são de que os produtores deverão arriscar com milho (nas áreas mais quentes) ou com culturas de inverno.

Este ano, na safra de soja recém concluída, a Coplacana originou 20% a mais, sobre o ciclo passado, superior à média de crescimento de 15% no estado de São Paulo, acredita Schactae.

Em torno de 80 mil toneladas, só nos cerca de 100 kms de raio a partir de Piracicaba. No total, são cooperados com cerca de 20 mil hectares.

Para a safra 21/22, o crescimento já conta com a entrada em operação da unidade própria de Taquarituba, no Sudoeste paulista, região tradicional de grãos.

"Não queremos extrapolar porque vai ser o primeiro ano nosso, mas pensamos em torno de 30 mil/t a mais", salienta. A tendência é depois crescer, mesmo numa área com muitos concorrentes na originação, entre os quais a tradicional Holambra ll.

O gerente de originação da tradicional cooperativa canavieira de São Paulo acrescenta também que já estão sendo trabalhados contratos de compra com os cooperados, mas por enquanto ainda não estão antecipando vendas. Aliás, como a maioria dos sojicultores brasileiros.

O jeito é esperar ter uma definição mais objetiva safra dos Estados Unidos, em fase de plantio, além da demanda internacional, para os novos parceiros da Coplacana se mobilizarem de acordo com os reflexos nos preços.

As vendas de soja originadas são 100% feitas para tradings exportadoras.
Giovanni Lorenzon
Fonte: Money Times
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