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Os problemas nas cadeias de suprimentos que vêm prejudicando a produção industrial em todo o mundo não devem desaparecer tão cedo. Alguns dos portos mais movimentados dos EUA avaliam que o congestionamento de navios continuará ao longo de 2022, com fabricantes e varejistas buscando repor os estoques esgotados, segundo reportagem do "Wall Street Journal".

O congestionamento nos portos contribui para a escassez mundial de contêineres e para o aumento dos custos do frete marítimo. Os portos são um dos muitos gargalos nas cadeias globais de suprimentos, com os navios cheios de produtos de consumo e também de insumos para as fábricas.

Para Sam Ruda, diretor da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, os congestionamentos só vão diminuir quando a pandemia de covid-19 acabar. "Isso é realmente o que nos dirá qual será a duração do que estamos vendo hoje", afirmou ao "WSJ".

O fechamento por duas semanas no mês passado do terminal de contêineres do porto de Ningbo-Zhoushan, na China, o terceiro mais movimentado do mundo por causa de um surto local de covid-19, só piorou a situação global.

O número de navios esperando para atracar no sul da Califórnia cresce à medida que o congestionamento se estende para armazéns e redes de distribuição em todo o país. Estima-se que os principais portos dos EUA movimentaram volume recorde equivalente a 2,37 milhões de contêineres importados em agosto, segundo o Global Port Tracker. Para o ano, a estimativa é de movimentação recorde de carga importada de 25,9 milhões de contêineres.