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Commodities têm forte alta em Chicago, impactadas por tensão Rússia x Ucrânia
Nesta quarta (23), a principal valorização foi observada nos valores do trigo, que fechou no maior patamar desde novembro de 2012
Publicado em 24/02/2022 às 08h51
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A tensão diante do aumento da crise que pode culminar em guerra entre Rússia e Ucrânia impactou os preços de algumas das principais commodities negociadas na Bolsa de Chicago. Nesta quarta-feira (24), a maior valorização foi observada nos valores do trigo. Os contratos com entrega em março de 2022 eram cotados a US$ 8,76 por bushel, ganho de 31,75 centavos de dólar, ou 3,76%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2022 eram negociados a US$ 8,84 por bushel, alta de 32,75 centavos de dólar, ou 3,78%, em relação ao fechamento anterior.

Segundo a Safras & Mercado, o mercado estendeu a forte valorização deflagrada ontem, ainda impulsionado pelo acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. Os preços renovaram as máximas e atingiram, hoje, o maior nível desde 28 de novembro de 2012. Segundo o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, um prolongamento do conflito pode trazer consequências nunca vistas ao mercado.

Na soja, os contratos com entrega para março fecharam com alta de 40 centavos de dólar por bushel ou 2,44% a US$ 16,75 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 16,71 por bushel, com ganho de 36,00 centavos ou 2,2%. O clima continua prejudicando as lavouras na América do Sul e a demanda segue firme nos Estados Unidos, com mais um anúncio de venda de 132 mil toneladas para a China por parte dos exportadores privados. O conflito na Ucrânia continua no centro das atenções. Após um início mais tranquilo, a ameaça geopolítica ganhou força no mercado financeiro e se estendeu às commodities. O temor de interrupção no abastecimento oriundo do Mar Negro impulsionou o trigo e contaminou os produtos vizinhos, caso da soja.

Para o milho também houve valorização. Nesta quarta, os contratos para março fecharam a a US$ 6,83, alta de 1,33%. A posição maio de 2022 fechou a sessão a US$ 6,81 por bushel, alta de 1,3% em relação ao fechamento anterior. Mais cedo, os preços chegaram a cair, pressionados por um movimento de realização. Além do conflito no leste europeu, o clima seco na América do Sul contribuiu com a valorização.
Fonte: Agência SAFRAS
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