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Açúcar bruto avança mais de 9% em Nova York em junho
Avanço no ano contrasta com queda moderada na margem na faixa de 0,6% com fundamentos limitado ganhos
Publicado em 05/07/2022 às 16h28
Foto Notícia
Apesar da queda moderada em junho, a expectativa é de novas recuperações ao longo de julho com risco sobre os canaviais do Centro-Sul do Brasil junto a suporte do mercado asiático. O mercado externo de açúcar teve um mês de junho marcado pela quase estabilidade na média de negociações do açúcar bruto de Nova York no comparativo da margem, frente ao mês imediatamente anterior. Entre maio e junho a média das cotações sobre o atual driver Outubro/22 recuou apenas 0,64%. Levando em conta a volatilidade vista no mês anterior, com queda de 2,25%, podemos dizer até que está em curso uma redução do padrão negativo de curto prazo que começou a ser observado em maio.

No comparativo anual esse cenário se intensifica quando observamos que a média das cotações de junho em US$/cents 19,04 se mostrou 9,76% acima do que fora observado no mesmo momento do ano anterior. Estes ganhos estão diretamente ligados aos fundamentos, com sinais de melhora na demanda internacional ao longo da safra nova 2022/23 que começa em setembro deste ano. O mais recente relatório semestral do USDA mostra que, enquanto a demanda internacional por açúcar deve crescer 3,34 milhões de toneladas, a produção tende a avançar apenas 1,70 milhão de toneladas.

Isto levará a redução de 28% no saldo de superávit internacional entre as temporadas 2021/22 e 2022/23 que deverá recuar de 5,89 para 4,04 milhões de toneladas. Logo teremos um cenário de mercado formado por uma demanda crescendo mais rápido que a oferta a qual resultará em uma forte redução no excedente global da commodity. Este é o vetor fundamental que tem amparado os preços do açúcar no curto prazo e sustentado ganhos importantes em um horizonte mais longo de comparação.

Em maio a SAFRAS & Mercado havia estimado a média de cotações do açúcar em Nova York na faixa de US$/cents 19,80 para junho, a qual acabou se posicionando 3,99% acima da média efetiva do período em US$/cents 19,04. Para julho a estimativa da SAFRAS & Mercado é de cotações ao redor de US$/cents 18,50 que devem representar uma queda de 3,45% na margem junto a uma alta de 6,65% no ano.


Mauricio Muruci
Analista pela Safras & Mercado, atua há 12 anos em análise econômica e de mercados agrícolas. Graduando em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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