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Combustíveis Fósseis

As repercussões do maior corte de produção da Opep desde 2020
Publicado em 10/10/2022 às 11h04
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A Opep+ decidiu reduzir sua produção de petróleo em 2 milhões de barris/dia a partir de novembro, no maior corte desde o início da pandemia de covid-19, quando o cartel anunciou uma retirada histórica de 9,7 milhões de barris/dia do mercado.

--- Segundo a S&P Global Commodity Insights, o volume removido será bem menor, de cerca de 800 mil barris/dia, a maior parte de Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Isso porque muitos membros da Opep+ já produzem menos que suas cotas.

Ainda assim, é uma pressão pela recuperação nos preços do petróleo, que caíram nos últimos meses com os temores de recessão global. Em setembro, o Brent teve queda acumulada de 11%, e registrou seu primeiro trimestre negativo desde o início de 2020, com redução de 25,84%.

--- É uma derrota para os EUA, que pressionaram a Opep+ para manter sua produção. O presidente Joe Biden classificou a decisão como "um erro". Já a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que o grupo "se alinha com a Rússia".

--- A cinco semanas das eleições de meio de mandato, Biden pediu às empresas que reduzam os preços de combustíveis nas bombas [Estadão]. Os EUA também vão continuar liberando reservas estratégicas, enquanto buscam medidas adicionais para aumentar a oferta interna.

--- Em outra frente, Biden pretende criar uma legislação para "reduzir o controle da Opep sobre os preços da energia". É uma aparente referência à legislação anticartel conhecida como Nopec, há muito tempo considerada, mas nunca aprovada.

O Brent operava em relativa estabilidade, a US$ 93,42 o barril, nesta manhã. Ontem (5/10), subiu 1,7%, fechando a sessão a US$ 93,96 por barril, a maior cotação desde 15 de setembro.

--- Os estoques americanos de petróleo caíram 1,35 milhão de barris na semana encerrada em 30 de setembro. A expectativa de analistas era de aumento, de 1,3 milhão de barris, no período.

No Brasil, a decisão da Opep pressiona os preços às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. Segundo o blog da Ana Flor, o governo quer que a Petrobras segure reajustes nas próximas semanas, apesar de já haver defasagem entre os preços internos e os do mercado internacional.

--- Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente da companhia, Caio Paes de Andrade, negocia a troca do diretor financeiro, Rodrigo Araújo, por um executivo mais alinhado ao governo -- e ao represamento de reajustes. Outra mudança seria na diretoria de governança, ocupada por Salvador Dahan, que tem poder de veto sobre decisões prejudiciais à companhia.

--- Sob a gestão de Paes de Andrade, Bolsonaro voltou a se vangloriar da redução dos preços da Petrobras, nos últimos dois meses -- particularmente a partir do início da campanha eleitoral --, quando a companhia conseguiu repassar a desvalorização da commodity para o mercado interno.
Fonte: Agência epbr
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