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Negócios no milho evoluem pouco no Brasil com produtores e compradores retraídos
Publicado em 19/06/2023 às 08h54
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O mercado brasileiro de milho apresentou uma evolução de negócios bastante lenta ao longo da semana. Segundo a SAFRAS Consultoria, os produtores se mostraram mais retraídos nas fixações de oferta do cereal, observando o movimento de alta na Bolsa de Chicago diante das preocupações com o clima nos Estados Unidos.

Já os compradores também seguiram na defensiva, realizando apenas aquisições pontuais de milho, pois esperam um movimento maior de queda nas cotações assim que a colheita da safrinha ganhar forma no Brasil, com o ingresso de grandes volumes de ofertas do cereal.

O real mais valorizado frente ao dólar nessa semana limitou maiores volumes de negócios na exportação. A ausência de geadas no Brasil e o retorno das chuvas em regiões produtoras da safrinha, melhorando as condições das lavouras, continua deixando um cenário de preços mais baixos para o cereal no médio prazo.

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 53,53, baixa de 1,04% frente aos R$ 54,09 registradas na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi reduzido em 1,82%, de R$ 55,00 para R$ 54,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 57,00, sem alterações. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 52,00, também inalterado frente à semana passada.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca baixou de R$ 45,00 no encerramento da semana passada para R$ 43,00, retração de 4,44%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal continuou em R$ 62,00 a saca na venda.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana seguiu em R$ 52,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda retrocedeu 6%, de R$ 50,00 a saca para R$ 47,00.

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 64,911 milhões em junho (6 dias úteis), com média diária de US$ 10,818 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 231,153 mil toneladas, com média de 38,525 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 280,80.

Em relação a junho de 2022, houve baixa de 27,4% no valor médio diário da exportação, retração de 18,2% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Arno Baasch
Fonte: Safras & Mercado
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