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Chicago e dólar em alta contribuem para melhora nos preços e nos negócios com soja no Brasil
Publicado em 06/10/2023 às 15h03
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A primeira semana de outubro foi de recuperação no mercado brasileiro de soja. Com os contratos futuros na Bolsa de Chicago e, principalmente, o dólar se valorizando, os preços domésticos tiveram alta moderada e a comercialização melhorou na maioria das praças do país.

A saca de 60 quilos permaneceu na casa de R$ 145,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 135,00 para R$ 136,00. Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 125,00 para R$ 127,00. No Porto de Paranaguá, a cotação avançou de R$ 145,00 para R$ 146,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, subiram 0,57% na semana, cotados a US$ 12,82 1/4 na manhã da sexta, dia 6. Bons números para as exportações semanais americanas e uma certa preocupação com o clima nos Estados Unidos asseguraram a recuperação.

Mas em termos fundamentais as indicações seguem baixistas, o que limitou uma recuperação mais consistente. A colheita avança nos Estados Unidos e o plantio está em fase inicial no Brasil, com perspectivas favoráveis. Na Argentina, a temporada também promete recuperação no potencial produtivo, após a safra muito prejudica pela estiagem em 2022/23.

O mercado financeiro global é outro limitador para voos mais altos das commodities agrícolas. Sinais de aquecimento da economia americana reforçam o sentimento de que os juros poderão subir até o final do ano. Com isso, os investidores procuram opções mais segura, elevando os títulos do tesouro americano e o dólar frente a outras moedas.

O câmbio foi destaque também no Brasil. Com o quadro de maior aversão ao risco global, a moeda americana subiu 3,5% frente ao real, operando acima de R$ 5,20 na manhã do dia 6. Nesse caso, a soja brasileira ganha competitividade, dando ritmo aos negócios no Brasil.

Para a próxima semana, as atenções devem se voltar para o relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta, 12. Os trabalhos de plantio no Brasil e de colheita nos Estados seguem no radar, assim como as sinalizações vindo do mercado financeiro.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
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