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Preço do milho aumenta levemente no Brasil, com maior demanda na ponta compradora
Publicado em 10/11/2023 às 14h23
Foto Notícia
Porto Alegre, 10 de novembro de 2023 -- O mercado brasileiro de milho registrou suporte nas cotações ao longo da semana. Segundo a SAFRAS Consultoria, foi uma leve alta, em meio ao maior interesse na ponta compradora e ao movimento ainda retraído dos produtores nas intenções de venda do cereal, especialmente no Paraná e em São Paulo.

A especulação em torno das chuvas ainda insuficientes em partes do Brasil para o plantio da safra de verão e a possibilidade de um encurtamento na janela ideal de cultivo da safrinha do próximo ano também contribuíram para sustentar as cotações.

No cenário internacional as atenções estiveram centradas na divulgação, nesta quinta-feira (9) do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para o mês de novembro.

Os Estados Unidos deverão colher 15,234 bilhões de bushels na temporada 2023/24, acima dos 15,064 bilhões indicados em outubro. O mercado trabalhava com uma estimativa de produção de 15,076 bilhões de bushels. A produtividade média em 2023/24 deve atingir 174,9 bushels por acres, acima dos 173 bushels por acres apontados no mês passado e dos 173,2 bushels por acre esperados pelo mercado. A área a ser plantada deve ficar em 94,9 milhões de acres, sem alterações frente ao relatório anterior. A área a ser colhida foi prevista em 87,1 milhões de acres, sem mudanças frente ao mês passado.

Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 foram estimados em 2,156 bilhões de bushels, superior em relação aos 2,111 bilhões de bushels previstos no mês passado e aos 2,129 bilhões de bushels esperados pelo mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,075 bilhões de bushels, contra os 2,025 bilhões de bushels previstos em outubro. O uso de milho para a produção de etanol foi indicado em 5,325 bilhões de bushels, acima dos 5,300 bilhões de bushels indicados no mês passado.

A safra global 2023/24 foi projetada em 1.220,79 milhão de toneladas, acima das 1.214,47 milhão de toneladas indicadas em outubro. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 314,99 milhões de toneladas, acima das 312,40 milhões de toneladas indicadas no mês passado e das 312 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

A estimativa de safra brasileira é de 129 milhões de toneladas em 2023/24, sem alterações. A produção da Argentina deve atingir 55 milhões de toneladas, também sem alterações. A Ucrânia teve sua projeção de safra elevada para 29,5 milhões de toneladas na temporada 2023/24, ante as 28 milhões de toneladas do relatório do mês passado. A África do Sul teve a safra indicada em 16,8 milhões de toneladas, sem mudanças. A China, por sua vez, teve a estimativa de produção para 2023/24 mantida em 277 milhões de toneladas.

Preços internos

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 57,56, alta de 0,11% frente aos R$ 57,49 registrados no fechamento da última semana. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, baixou 1,82% durante a semana, passando de R$ 55,00 para R$ 54,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 64,50, estável frente à semana passada. Na região da Mogiana paulista, o cereal permaneceu em R$ 60,00.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca seguiu em R$ 43,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 65,00 na venda.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda se manteve em R$ 60,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda seguiu em R$ 50,00 ao longo da semana.

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Arno Baasch
Fonte: Safras & Mercado
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